sábado, 19 de dezembro de 2009

Feliz Natal e um excelente Ano Novo!!



Meus grandes e inúmeros amigos,
Agradeço a todos vocês pela frequente leitura de meu blog. Obrigado aos amigos que sempre estão fazendo comentários. Obrigado aos amigos que não deixam comentários, mas acompanham os textos.
Agradeço a Deus a oportunidade de fazer amizades tão enriquecedoras
Desejo a todos um Natal de muita luz e paz. Que o Natal reforce cada vez mais os preceitos de Jesus dentro de cada coração. E que o Ano Novo que se inicia seja radiante, repleto de Amor, Fé, Saúde e Paz.
Estou saindo em viagem, mas retorno no próximo ano.

UM GRANDE, CALOROSO E FRATERNAL ABRAÇO A TODOS!!
FIQUEM COM DEUS

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Valores

Um velho sábio chinês estava caminhando por um campo de
neve, quando viu uma mulher chorando.

Dirigiu-se a ela e perguntou :

-- Porque choras ?

-- Porque me lembro do passado, da minha juventude, da
beleza que via no espelho... Deus foi cruel comigo por me
fazer lembrar.

Ele sabia que, ao recordar a primavera da minha vida,
eu sofreria e acabaria chorando.

O sábio, então, em silêncio ficou contemplando o campo de
neve, com o olhar fixo em determinado ponto...

A mulher, intrigada com aquela atitude, parou de chorar e perguntou :

-- O que estás vendo aí ?

-- Eu vejo um campo florido, disse o sábio.  Deus foi
generoso comigo por me fazer lembrar.

Ele sabia que, no inverno, eu poderia sempre recordar a
primavera e sorrir.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Fazer diferente.......


 O Nariz


Era um dentista, respeitadíssimo. Com seus quarenta e poucos anos, uma filha quase na faculdade. Um homem sério, sóbrio, sem opiniões surpreendentes mas uma sólida reputação como profissional e cidadão. Um dia, apareceu em casa com um nariz postiço. Passado o susto, a mulher e a filha sorriram com fingida tolerância. Era um daqueles narizes de borracha com óculos de aros pretos, sombrancelhas e bigodes que fazem a pessoa ficar parecida com o Groucho Marx. Mas o nosso dentista não estava imitando o Groucho Marx. Sentou-se à mesa do almoço – sempre almoçava em casa – com a retidão costumeira, quieto e algo distraído. Mas com um nariz postiço.
- O que é isso? – perguntou a mulher depois da salada, sorrindo menos.
- Isso o quê?
- Esse nariz.
- Ah. Vi numa vitrina, entrei e comprei.
- Logo você, papai...
Depois do almoço, ele foi recostar-se no sofá da sala, como fazia todos os dias. A mulher impacientou-se.
- Tire esse negócio.
- Por quê?
- Brincadeira tem hora.
- Mas isto não é brincadeira.
Sesteou com o nariz de borracha para o alto. Depois de meia hora, levantou-se e dirigiu-se para a porta. A mulher o interpelou.
- Aonde é que você vai?
- Como, aonde é que eu vou? Vou voltar para o consultório.
- Mas com esse nariz?
- Eu não compreendo você – disse ele, olhando-a com censura através dos aros sem lentes. – Se fosse uma gravata nova você não diria nada. Só porque é um nariz...
- Pense nos vizinhos. Pense nos cliente.
Os clientes, realmente, não compreenderam o nariz de borracha. Deram risadas (“Logo o senhor, doutor...”) fizeram perguntas, mas terminaram a consulta intrigados e saíram do consultório com dúvidas.
- Ele enlouqueceu?
- Não sei – respondia a recepcionista, que trabalhava com ele há 15 anos. – Nunca vi ele assim. Naquela noite ele tomou seu chuveiro, como fazia sempre antes de dormir. Depois vestiu o pijama e o nariz postiço e foi se deitar.
- Você vai usar esse nariz na cama? – perguntou a mulher.
- Vou. Aliás, não vou mais tirar esse nariz.
- Mas, por quê?
- Por quê não?
Dormiu logo. A mulher passou metade da noite olhando para o nariz de borracha. De madrugada começou a chorar baixinho. Ele enlouquecera. Era isto. Tudo estava acabado. Uma carreira brilhante, uma reputação, um nome, uma família perfeita, tudo trocado por um nariz postiço.

- Papai...
- Sim, minha filha.
- Podemos conversar?
- Claro que podemos.
- É sobre esse nariz...
- O meu nariz outra vez? Mas vocês só pensam nisso?
- Papai, como é que nós não vamos pensar? De uma hora para outra um homem como você resolve andar de nariz postiço e não quer que ninguém note?
- O nariz é meu e vou continuar a usar.
- Mas, por que, papai? Você não se dá conta de que se transformou no palhaço do prédio? Eu não posso mais encarar os vizinhos, de vergonha. A mamãe não tem mais vida social.
- Não tem porque não quer...
- Como é que ela vai sair na rua com um homem de nariz postiço?
- Mas não sou “um homem”. Sou eu. O marido dela. O seu pai. Continuo o mesmo homem. Um nariz de borracha não faz nenhuma diferença.
- Se não faz nenhuma diferença, então por que usar?
- Se não faz diferença, porque não usar?
- Mas, mas...
- Minha filha...
- Chega! Não quero mais conversar. Você não é mais meu pai!

A mulher e a filha saíram de casa. Ele perdeu todos os clientes. A recepcionista, que trabalhava com ele há 15 anos, pediu demissão. Não sabia o que esperar de um homem que usava nariz postiço. Evitava aproximar-se dele. Mandou o pedido de demissão pelo correio. Os amigos mais chegados, numa última tentativa de salvar sua reputação, o convenceram a consultar um psiquiatra.
- Você vai concordar – disse o psiquiatra, depois de concluir que não havia nada de errado com ele – que seu comportamento é um pouco estranho...
- Estranho é o comportamento dos outros! – disse ele. – Eu continuo o mesmo. Noventa e dois por cento de meu corpo continua o que era antes. Não mudei a maneira de vestir, nem de pensar, nem de me comportar, Continuo sendo um ótimo dentista, um bom marido, bom pai, contribuinte, sócio do Fluminense, tudo como era antes.
- Mas as pessoas repudiam todo o resto por causa deste nariz. Um simples nariz de borracha. Quer dizer que eu não sou eu, eu sou o meu nariz?
- É... – disse o psiquiatra. – Talvez você tenha razão... 



O que é que você acha, leitor? Ele tem razão? Seja como for, não se entregou. Continua a usar nariz postiço. 

Porque agora não é mais uma questão de nariz. Agora é uma questão de princípios.


Luís Fernando Veríssimo

Selo de Natal


Este é um Meme de Natal, onde o Papai Noel pergunta o que você deseja neste Natal.

É simples é só seguir as regras:

1- Postar o Selo.
2- Dizer quem te enviou.
3- Os seus 3 desejos de Natal.
4- Indicar 12 blogs que você goste muito.

O Selo já está postado.
Recebi do amigo Jorge do blog:  http://nectantaurus.blogspot.com

Meus 3 desejos são:

1- Que as pessoas não esqueçam o espírito de natal
2- Que o ser humano ame
3- .Paz no mundo
Os 12 blogs indicados:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Um grande abraço a todos

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Mente livre



Faça de sua mente um reino, não uma jaula!
Deixe que os seus pensamentos sejam livres como os pássaros voando, não os censure,
nem se maldiga se eles não afinarem com a opinião da maioria.

Se você se escraviza à opinião dos outros, inibindo seus pensamentos e ações,
é porque não tem consideração consigo mesmo.


Quanto maior for a crença em seus objetivos, mais depressa você os conquistará.



MaxWell Maltz

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Despeje a água para poder bebê-la



Um homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede.
Eis que ele chegou a uma cabana velha, desmoronando, sem janelas, sem teto. Andou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou fugindo do calor do sol desértico.
Olhando ao redor, viu uma velha bomba de água, bem enferrujada. Ele se arrastou até a bomba, agarrou a manivela e começou a bombear, a bombear, a bombear sem parar.
Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado, para trás. Notou que ao seu lado havia uma velha garrafa. Olhou-a, limpou-a removendo a sujeira e o pó, e leu um recado que dizia:
"Meu Amigo, você precisa primeiro preparar a bomba derramando sobre ela toda água desta garrafa. Depois faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir, para o próximo viajante."
O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água. A garrafa estava quase cheia de água!
De repente, ele se viu num dilema. Se bebesse aquela água, poderia sobreviver. Mas se despejasse toda aquela água na velha bomba enferrujada, e ela não funcionasse morreria de sede.
Que fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar vir água fresca, fria, ou beber a água da velha garrafa e desprezar a mensagem? Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear e a bomba pôs-se a ranger e chiar sem fim. E nada aconteceu!
E a bomba foi rangendo e chiando. Então, surgiu um fiozinho de água, depois, um pequeno fluxo e finalmente, a água jorrou com abundância! Para alívio do homem a bomba velha fez jorrar água fresca, cristalina. Ele encheu a garrafa e bebeu dela ansiosamente. Encheu-a outra vez e tornou a beber seu conteúdo refrescante.
Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante. Encheu-a até o gargalo, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota:

"Creia-me, funciona. 
Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta."

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O boi de cada um



Conta uma história da tradição budista que, um monge entrou em um vilarejo montado em um boi, e os habitantes da vila lhe perguntaram onde estava indo.
Ele então respondeu que estava em busca de um boi.
As pessoas se entreolharam, intrigadas, e então começaram a rir. O monge se foi. No dia seguinte, de novo montando um boi, o monge voltou ao vilarejo. E de novo as pessoas lhe perguntaram o que buscava.
"Procuro um boi", foi novamente a resposta. Outra vez o monge se foi, em meio ao riso de todos.
No terceiro dia o fato se repetiu: "o que busca?" e o monge, montado no boi, disse ser um boi o que buscava. Só que a piada já perdera a sua graça e as pessoas protestaram, dizendo: "olhe aqui, você é um monge, supostamente uma pessoa santa, sábia, e mesmo assim você vem aqui à procura de um boi quando, o tempo todo, é sobre um boi que você esta sentado." ao que replicou o monge: "também assim é a sua procura de Deus." e assim é conosco.

Tantas e tantas vezes saímos em busca de algo que estava conosco o tempo todo, sem que nos déssemos conta. 

Achamos que a nossa realização está em outro trabalho, outra profissão, outra família, outros amigos. E chegamos por vezes a partir em uma busca inútil quando, se olhássemos com um pouco mais de atenção - talvez com um pouco mais de boa vontade - para aquilo que já temos, descobriríamos que o " boi" que tanto procurávamos estava nos carregando todo o tempo.

É preciso olhar para frente, traçar metas, segui-las. Mas sem perder a noção do potencial de realização e felicidade que esta bem aqui, na nossa realidade presente. 

Se você aprender a olhar para sua própria vida, pode descobrir que sua esposa, ou seu marido, ainda conserva muito daquilo que fez você se apaixonar há 10, 20, 50 anos.
Que sua profissão continua tendo muito em comum com suas idéias de vida - apesar de seu desgaste, de seu cansaço.
Que seu trabalho ainda guarda chances e as perspectivas que tanto prometiam. Estão apenas um tanto encobertas pela poeira do tempo que passou, enquanto você esteve ocupado demais para aproveitá-las.

A felicidade é tão perseguida. Mas muitas, muitas vezes, sofremos e choramos sentados sobre ela.

domingo, 29 de novembro de 2009

Momentos de palavras dispensadas.



Dois amigos cultivavam o mesmo campo de trigo, trabalhando arduamente a terra com amor e dedicação, numa luta estafante, às vezes inglória, à espera de um resultado compensador.
Passam-se anos de pouco ou nenhum retorno.
Até que um dia, chegou a grande colheita.
Perfeita, abundante, magnífica, satisfazendo os dois agricultores que a repartiram igualmente, eufóricos.
Cada um seguiu o seu rumo. À noite, já no leito, cansado da brava lida daqueles últimos dias, um deles pensou : "Eu sou casado, tenho filhos fortes e bons, uma companheira fiel e cúmplice.
Eles me ajudarão no fim da minha vida.
O meu amigo é sozinho, não se casou, nunca terá um braço forte a apoiá-lo.
Com certeza, vai precisar muito mais do dinheiro da colheita do que eu".
Levantou-se silencioso para não acordar ninguém, colocou metade dos sacos de trigo recolhidos na carroça e saiu.
Ao mesmo tempo, em sua casa, o outro não conciliava o sono, questionando : "Para que preciso de tanto dinheiro se não tenho ninguém para sustentar, já estou idoso para ter filhos e não penso mais em me casar.
As minhas necessidades são muito menores do que as do meu sócio, com uma família numerosa para manter".
Não teve dúvidas, pulou da cama, encheu a sua carroça com a metade do produto da boa terra e saiu pela madrugada fria, dirigindo-se à casa do outro.
O entusiasmo era tanto que não dava para esperar o amanhecer.
Na estrada escura e nebulosa daquela noite de inverno, os dois amigos encontraram-se frente a frente.
Olharam-se espantados.
Mas não foram necessárias as palavras para que entendessem a mútua intenção.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O oásis da fé



Assim que chegou a Marrakesh, o missionário resolveu que passearia todas as Manhãs pelo deserto que ficava nos limites da cidade. Na sua primeira Caminhada, notou um homem deitado nas areias, com a mão acariciando o solo, E o ouvido colado na terra.

"É um louco", disse para si mesmo.

Mas a cena se repetiu todos os dias e, passado um mês, intrigado por aquele comportamento estranho, ele resolveu dirigir-se ao estranho. Com muita dificuldade, já que ainda não falava árabe fluentemente, ajoelhou-se a o seu lado.

--  O que você está fazendo?

--  Faço companhia ao deserto e o consolo por sua solidão e suas lágrimas.

--  Não sabia que o deserto era capaz de chorar.

--  Ele chora todos os dias, porque tem o sonho de tornar-se útil ao homem e transformar-se num imenso jardim, onde se pudesse cultivar cereal, flores e carneiros.

"Quando olho suas areias, imagino as milhões de pessoas no mundo que foram criadas iguais, embora nem sempre o mundo seja justo com todos. As suas Montanhas me ajudam a meditar. Ao ver o sol nascendo no horizonte, minha alma se enche de alegria e me aproximo do Criador."

O missionário deixou o homem e voltou para os seus afazeres diários. Qual Foi sua surpresa, na manhã seguinte, ao encontrá-lo no mesmo lugar e na mesma posição.

--  Você comentou com o deserto tudo que lhe disse? Perguntou.

O homem acenou afirmativamente com a cabeça.

--  E mesmo assim ele continua chorando?

--  Posso escutar cada um de seus soluços. Agora ele chora porque passou milhares de anos pensando que era completamente inútil e desperdiçou todo este tempo blasfemando contra Deus e seu destino.

--  Pois conte para ele que, apesar do ser humano ter uma vida muito mais curta, também passa muitos de seus dias pensando que é inútil. Raramente descobre a razão do seu destino, acha que Deus foi injusto com ele. Quando chega o momento em que, finalmente, algum acontecimento lhe mostra o por quê de ter nascido, acha que é muito tarde para mudar de vida e continu a sofrendo. E como o deserto, culpa-se pelo tempo que perdeu.

--  Não sei se o deserto ouviu, disse o homem. Ele já está acostumado com a dor e não consegue ver as coisas de outra maneira.

--  Então vamos fazer aquilo que eu sempre faço quando sinto que as pessoas perderam a esperança. Vamos rezar. Os dois ajoelharam-se e rezaram um virou-se em direção a Meca porque era muçulmano, o outro colocou as mãos juntas em prece, porque era cristão. Rezaram cada um para o seu Deus, que sempre foi o mesmo Deus, embora as pessoas insistissem em chamá-lo por nomes diferentes.

No dia seguinte, quando o missionário retomou a sua caminhada matinal, o homem não estava mais lá. No lugar onde costumava abraçar a areia, o solo parecia molhado, já que uma pequena fonte tinha nascido. Nos meses que se seguiram, esta fonte cresceu e os habitantes da cidade construíram um poço em torno dela.

Os beduínos chamam o lugar de "poço das lágrimas do deserto" . Dizem que todo aquele que beber de sua água irá transformar o motivo do seu sofrimento na razão da sua alegria e terminará encontrando seu verdadeiro destino.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Enraiza-te e floresce



Na primavera, uma jovem senhora semeou o seu jardim.
Duas sementes acabaram sendo enterradas uma ao lado da outra.
A primeira semente disse para segunda :
-- Pensa como será divertido, vamos crescer nossas raízes fundo no solo e quando elas estiverem fortes, nós vamos brotar da terra e nos tornar lindas flores para todo mundo ver e admirar !
A segunda semente ouviu mas estava preocupada.
-- Isso parece legal, ela disse, mas a terra não está muito fria? Eu estou com medo de estender minhas raízes nela. E se alguma coisa der errado e eu não me tornar muito bonita ? Então a senhora pode não gostar de mim, eu estou com medo.
A primeira semente, no entanto, não estava intimidada.
Ela empurrou suas raízes para baixo na terra e começou a crescer.
Quando suas raízes estavam fortes o suficiente, ela emergiu do solo como uma linda flor.
A senhora inclinou-se cuidadosamente para ela e orgulhosamente mostrou a flor perfumada para todos os seus amigos.
Mas enquanto isso a outra semente permanecia dormente.
-- "Vamos lá", a flor dizia todo o dia para a sua amiga, está quente e maravilhoso aqui em cima, no sol!
A segunda semente estava muito impressionada, mas permanecia amedrontada e com insegurança empurrou uma raiz no solo.
-- "Ai", ela disse. Essa terra ainda está ainda muito fria e dura pra mim. Eu não gosto dela. Eu prefiro ficar aqui na minha própria concha onde estou segura e confortável. Há muito tempo par se tornar uma flor.
Nada que a primeira semente dissesse mudava a mente da segunda.
Então, um dia quando a senhora estava fora um pássaro faminto voou no jardim, ele ciscava o solo procurando algo para comer.
A segunda semente que estava logo abaixo da superfície estava com muito medo de ser comida.
Mas aquele era seu dia de sorte.
Um gato pulou do peitoril da janela e espantou o pássaro.
A semente suspirou de alívio !
E neste momento tomou uma importante decisão :
-- É uma tolice desperdiçar meu curto tempo aqui na terra, ela disse. Eu vou seguir as minhas esperanças e sonhos de mudança em vez de meus medos. Então, sem outro pensamento, a segunda semente começou a espalhar as suas raízes e também cresceu e se tornou uma linda flor.

domingo, 22 de novembro de 2009

A deusa e o mar



Conta uma lenda que em uma ilha longínqua vivia uma solitária deusa de sal. Ela era apaixonada pelo mar.
Passava dias, noites, horas na praia observando o balanço de suas ondas, sua beleza, seu mistério, sua magnitude. Um desejo enorme começou a apossar-se do seu coração: experimentar toda aquela beleza.
Esse desejo foi aumentando até que um dia a deusa resolveu entrar no mar. Logo que ela colocou os pés no mar, eles sumiram, derreteram-se. Encantada com ele, ela seguiu em frente e suas pernas e coxas desapareceram.
A deusa, entretanto, seguiu adiante, sentindo partes do seu corpo derretendo-se, até ficar apenas com o rosto do lado de fora.
Uma estrela que observava tudo falou:
-- Linda deusa, você vai desaparecer por completo. Daqui a pouco você não mais Existirá.
A água do mar desfazia o rosto da deusa, mas ela respondeu fazendo um esforço:
-- Continuarei existindo, porque agora eu sou o mar também.
Para conhecer e experimentar é preciso permitir-se, ir em frente.
Quando isto acontece, a mudança se dá, mudamos.
A deusa mudou transformando-se em mar, fazendo parte dele, passou a ser o mar que ela tanto admirava da praia.
O mar por sua vez, também se transformou, porque foi salgado pela deusa. Ambos experimentaram a mudança: a deusa e o mar.

Selo - Seu blog me faz viajar


 Obrigado pelo carinho de sempre meu amigo Jorge

Recebi este selo do amigo Jorge - Blog http://nectantaurus.blogspot.com/
Este selo tem como tarefa, relacionar 03 livros que te marcaram, e indicar 05 amigos para que seja repassado com carinho.
Como é sempre difícil nomear livros, dentre tantos lidos e relidos, o que vem à mente nesse momento:.
  1. Médico de Homens e de Almas - Taylor caldwell
  2. Nas Fronteiras da Loucura - Divaldo Franco
  3. Psiquiatria em face da reencarnação - Dr Inácio Ferreira

Minhas indicações são para os seguintes amigos:

1- Norma Villares - Blog "Ecos da Alma"
2- Julimar Murat - Blog "Por uma Vida Melhor "
3- Leonor - Blog "Experimental"
4- Jeanne - Blog "Crescer dá Trabalho"
5- Jacke- Blog "Atitudes Positivas"

Um grande abraço a todos!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Horizonte comodista



João trabalhava em uma empresa há muitos anos. Funcionário sério, dedicado, cumpridor de suas obrigações e, por isso mesmo, já com seus 20 anos de casa.
Um belo dia, ele procura o dono da empresa para fazer uma reclamação:
-- Patrão, tenho trabalhado durante estes 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, só que me sinto um tanto injustiçado.
O Juca,que está conosco há somente três anos, está ganhando mais do que eu.
O patrão escutou atentamente e disse:
-- João, foi muito bom você vir aqui.
Antes de tocarmos nesse assunto, tenho um problema para resolver e gostaria da sua ajuda.
Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço.
Aqui na esquina tem uma quitanda. Por favor, vá até lá e verifique se eles têm abacaxi.
João, meio sem jeito, saiu da sala e foi cumprir a missão.
Em cinco minutos estava de volta.
-- E aí, João?
-- Verifiquei como o senhor mandou. O moço tem abacaxi.
-- E quanto custa?
-- Isso eu não perguntei, não.
-- Eles têm quantidade suficiente para atender a todos os funcionários?
-- Também não perguntei isso, não.
-- Há alguma outra fruta que possa substituir o abacaxi?
-- Não sei, não...
-- Muito bem, João. Sente-se ali naquela cadeira e me aguarde um pouco.
O patrão pegou o telefone e mandou chamar o Juca. Deu a ele a mesma orientação que dera a João:
-- Juca, estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço. Aqui na esquina tem uma quitanda.
Vá até lá e verifique se eles têm abacaxi, por favor.
Em oito minutos o Juca voltou.
-- E então? - indagou o patrão.
-- Eles têm abacaxi, sim, e em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal; e se o senhor preferir, tem também laranja, banana e mamão. O abacaxi é vendido a R$1,50 cada; a banana e o mamão a R$1,00 o quilo; o melão R$ 1,20 a unidade e a laranja a R$ 20,00 o cento, já descascado. Mas como eu disse que a compra seria em grande quantidade, eles darão um desconto de 15%. Aí aproveitei e já deixei reservado. Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo - explicou Juca.
Agradecendo as informações,o patrão dispensou-o.
Voltou-se para o João, que permanecia sentado ao lado, e perguntou-lhe:
-- João, o que foi mesmo que você estava me dizendo?
-- Nada sério, não, patrão. Esqueça. Com licença.
E o João deixou a sala...

Tem muita gente assim -- Acomodada, que não faz absolutamente nada além do que foi estritamente pedido ou solicitado. São pessoas que acham "que já fazem demais" e sentem-se os eternos injustiçados.
Não se restrinja, não se limite, amplie seus horizontes. Não viva reclamando. Só assim você vai se destacar e ter sucesso na sua vida profissional e pessoal.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vida que se viva



As emoções canalizadas em relação ao passado ou ao futuro dissipam energia aleatoriamente, impedindo seu livre fluxo no presente.
Antecipar ocorrências representa precipitação de fatos que, talvez, não sucederão, conforme agora tomam curso, gerando ansiedade e angústia.
Viver, apenas, de recordações passadas ou ansiando pelo futuro é perder a contribuição do presente, praticamente nada reservando para hoje.
O momento atual é a vida, que resulta das atividades aprendidas e vivenciadas, tornando possível e elaborando as surpresas do porvir.
Encoraja-te a viver hoje, sentindo cada instante e valorizando-o mediante a consciência das bênçãos que se encontram à tua disposição.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Paisagens representativas


Em todo o momento de atividade mental acontece em nós um duplo fenômeno de percepção: ao mesmo tempo em que temos consciência de um estado de alma, temos diante de nós, impressionando-nos os sentidos que estão voltados ao exterior, uma paisagem qualquer. Entendendo-se por paisagem, para conveniência de frases, tudo o que forma o mundo exterior num determinado momento da nossa percepção, ou seja, tudo que está fora de si próprio. 
Todo estado de alma é uma passagem.
Isto é, todo o estado de alma é não só representável por uma paisagem, mas verdadeiramente uma paisagem. 
Há em nós um espaço interior onde a matéria da nossa vida física se agita.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Um carinho

Selo recebido da querida amiga Jacke

1 - Seguir as regras.
2 - Levar o selo acima para identificar quem está, esteve ou estará na brincadeira.
3 - Completar as seguintes frases:


a) Eu já... sei que a vida é maravilhosa
b) Eu nunca... desisti de meus sonhos
c) Eu sei...que a vida é feita de aprendizagens
d) Eu quero... evoluir espiritualmente.
e) Eu sonho... ver a humanidade sem guerras


4 - Depois, indique 5 blogueiros para dar sequência à brincadeira.

Repasso para:


1-http://nectantaurus.blogspot.com/ Jorge
2-http://debyfrancis.blogspot.com/ Deby
3-http://gastandootempo.blogspot.com/ Beatriz
4-http://divinaimagem.blogspot.com/
5-http://angel-acasos.blogspot.com/

A troca afetuosa entre amigos



Recebi esta afetuoso selo com carinho de meu amigo Jorge
Obrigado meu amigo de luz!!
 

Seguindo as regras, funciona assim:
- Escolhemos dez amigos para declarar a nossa amizade e os nomeamos num post.
- Em seguida visitamos seus blogs e comunicamos a nomeação.
- Cada um deverá nomear mais dez, e assim sucessivamente.
- Não há prêmios, apenas nossa declaração sincera de afeto.




 Meus amigos

A amizade é sempre de coração para coração. 
A amizade, acima de tudo, significa respeito e flexibilidade.
Sinto-me honrado em compartilhar aprendizagens com vocês e com novos amigos que surgem.
Obrigado por essa troca maravilhosa, onde aprendo a compreender que a vida, por ser uma dádiva de Deus, é para ser vivenciada na sua plenitude de Amor.
Muito obrigado, meus amigos, por vocês estarem perto sempre!

Viva os Sentimentos e as Emoções

Stuka

Dedico aos meus amigos:


1-http://osmeuslamentos.blogspot.com/ Graciete
2-http://experimental-leonor.blogspot.com/ Leonor
3-http://paravivermelhoremaisfeliz.blogspot.com/ Jacke
4-http://normavillares.blogspot.com/ Norma
5-http://julimarmurat.blogspot.com/ Julimar
6-http://gimbras.nofuturo.com/ Gimbras
7-http://wisheslife.blogspot.com/ Adélia
8-http://lelliramz.blogspot.com/ Lelli
9-http://entremeios-angela.blogspot.com/ Ângela
10-http://adrianaviaro.blogspot.com/ Dri

 Um grande e afetuoso abraço



sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Permitindo-se alegria



Um momento de alegria verdadeira e desimpedida vale mais que ouro. Você pensará mais claramente, se sentirá melhor, mais motivado e mais saudável quando se deixar levar regularmente pela alegria.

Não para aprender. Não para enriquecer seu currículo. Não para mostrar a ninguém. Não para fazer contatos ou impressionar seus amigos. Por você e nada mais. Apenas pela experiência de estar vivo e permitir-se desfrutar da própria experiência.

Isso é egoísmo? Não. Quando você tem mais alegria em sua vida, você tem mais a dar aos outros. Alegrando-se, você deixa seu verdadeiro eu vir à tona. E essa pessoa está cheia de amor, abundância e criatividade que irão acrescentar coisas importantes à sua vida e à vida das pessoas ao seu redor.

Permita-se ser alegre, sem culpa e sem expectativas. 

Você sentirá o poder da alegria em todos os planos da sua vida.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Na direção de seus sonhos


O conforto é simplesmente uma situação a que estamos acostumados. O corredor de maratona sente-se mais à vontade correndo do que ficando sentado, mesmo que correr demande mais esforço físico. O vendedor bem-sucedido sente-se mais confortável fazendo telefonemas que dando desculpas. O preguiçoso acha mais confortável estar desconfortavelmente acima do peso do que levantar e dar uma caminhada em volta do quarteirão.


Boa parte do que consideramos confortável nem mesmo é prazeroso. Na verdade, muitas vezes chega a ser desagradável. Ainda assim, temos a tendência de fazer aquilo a que estamos acostumados.

O conforto está nos olhos de quem vê. Comprometimento, foco e esforço bem dirigido podem ser tão confortáveis quanto a preguiça e a indulgência.

É seu desejo ter certas regalias? O que está lhe detendo? Então, reexamine e redefina o que você considera confortável.

Sinta-se confortável com as coisas que o levarão na direção dos seus sonhos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Acreditar e Caminhar



Diz o mestre a seu discípulo:

- Quando você começar seu caminho, vai encontrar uma porta com uma frase escrita. Volte e me conte qual é esta frase.

O discípulo se entrega de corpo e alma à sua busca. Chega um dia em que vê a porta, e volta até o mestre.

- Estava escrito ISSO NÃO É POSSÍVEL, diz.
- Onde estava escrito isso? Num muro ou numa porta? - pergunta o mestre.
- Numa porta - responde o discípulo.
- Pois pegue a maçaneta e abra a porta.

O discípulo obedece e retorna à porta. Como a frase está pintada na porta, agora totalmente aberta, o discípulo já não consegue mais enxergá-la e segue adiante.

É hora de acreditar em nossos sonhos e começar nossa caminhada, pois quando atingirmos nossos objetivos nada mais será impossível!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Experimentando a Vida



Não importa qual é a sua especialidade, qual sua ocupação....
Exerça-a! Você têm dons. 
Use-os!

As coisas que você sabe fazer bem são as coisas que lhe dão prazer. São coisas que desafiam sua criatividade. São essas as coisas que lhe motivam a aprender, experimentar, tentar, perseverar e crescer. Elas lhe dão satisfação e um real sentimento de conquista.

Encontre uma maneira de fazer bem feito o que você faz. Isso não significa necessariamente que você deva arrumar outro emprego, ou começar seu próprio negócio. Incorpore seus dons especiais em tudo o que você já vem fazendo, onde quer que você esteja, qualquer que seja o contexto.

Você é único e tem a experiência da Vida pela frente. Tem talentos especiais, habilidades e uma perspectiva singular. Outras pessoas podem se beneficiar do que você tem.

Busque maneiras de contribuir com o outro e você deixará fluir o poder e a satisfação que já são parte de você.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A beleza



"Não são os belos lábios que chamam atenção para a beleza de um ser humano, mas, sim, as palavras que lhe fazem sibilar."



segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Borboletas que voaram...



No século XI, exatamente entre 1024 e 1033 D.C., em Cluny, França,  instituiu-se a comemoração dos mortos em 2 de Novembro, estabelecendo a ligação deste dia ao chamado dia de todos os os santos. O dia de todos os santos foi criado pela Igreja Católica Romana em 835 D.C. e comemorado no dia 1 de novembro em honra dos mortos, mas foi o abade beneditiano Odílio (962-1049 D.C.), de Cluny, que modificou e substituiu o tal dia de finados, que seria um dia reservado às orações pelas almas no purgatório. O dia de finados começou a ser aceito por Roma em 998 D.C., juntamente com a celebração do dia de todas as almas, e foi oficializado no início do século XI, sendo cristalizado já no século XX.
A festa dos espíritos era celebrada pelos celtas em 1 de Novembro. Nessa data os celtas ofereciam sacrifícios para libertar os espíritos que eram aprisionados por Samhain, o príncipe das trevas. O império romano também absorveu o dia de pomona, dos gauleses, transformando as duas festas numa só. Posteriormente, a Igreja Católica Romana tomou a data para celebração do dia de todas as almas, absorvendo as comemorações "pagãs".

Obviamente, as mais variadas crenças religiosas têm sua visão e maneira de pensar sobre a morte e essa data dedicada aos mortos.

Não é, porém, indispensável comparecer ao cemitério para homenagear o ente querido que partiu. A visita ao túmulo é um modo de manifestar que se pensa a respeito do espírito ausente – serve de imagem, mas é a prece que santifica o ato de lembrar, pouco importando o lugar, se ela é ditada pelo coração.
Acima de tudo, mais importante nessa data é fortalecer o pensamento de que não estamos aqui a passeio. 

Por quais valores devemos nos pautar?
Como devemos viver? 
Qual a melhor bússola a nos guiar?

Somos espíritos imortais, rumando à perfeição, tentando aprender e evoluir dia-a-dia, construindo passo a passo nossa estrada redentora de autoiluminação.

domingo, 1 de novembro de 2009

Odisséia do primitivismo



Vive-se em uma sociedade hipócrita, rotulante, que aponta o dedo e esconde preso em suas costas outros tantos males ou erros, que se repetem ao longo de sua história.
Essa situação vexatória da universitária, que esteve nas últimas notícias da mídia, abre um leque muito vasto de debates socio-filosóficos.
O que é a sociedade hoje?

Que labirintos somos nós? 

Onde permeiam as noções de caráter, moral e ética?

Que violência é mais reprovável? Dos jovens, da mídia, do Estado?

Esse fato da universitária fez-me relembrar imediatamente Kubrick e seus excelentes "Laranja Mecânica" e "2001, uma Odisséia no espaço". Não há como não pensar nestes filmes.

Será que o primitivismo demonstrado na cena dos macacos (2001, Odisséia) mudou ou está apenas travestido em uma pseudo-liberalidade-moderna? 

A sociedade caminha, apressadamente, para a extinção de valores e da própria humanidade. O ser humano é, creio, a única espécie animal na Terra, que age com Crueldade.
Temos uma sociedade voyerista, ignorante, que adora "reforçar seu intelecto e cultura" assistindo programas na TV, com mulheres seminuas, cultuadas como frutas comestíveis ( que se come e joga a casca ou o bagaço fora)--e aqui cabe um adendo à integridade e preservação feminina, que vem se perdendo e desvalorizando.
Essa mesma sociedade adora assistir histórias folhetinescas na TV que mostrem cenas de violência, traições, insinuações de sexo, com cenas claras --e cabe aqui um adendo à integridade e educação de nossos filhos. Se teu filho não assisti, uma vez que você tenta poupá-lo, com certeza ouvirá histórias na escola que você tentou preservá-lo de ouvir
A mídia, infelizmente, colabora e compactua com toda essa degradação.
Mas essa mesma sociedade hipócrita não aceita a moça, que trabalha vestida em calça comprida, dignamente em uma mercearia durante o dia, e resolve ir à universidade com minissaia( que por sinal, nem era tão curta ).

A universidade tem culpa nessa história?
A exposição danosa que essa moça sofreu têm preço?
Qual será o primeiro programa de TV que armará o circo para entrevistá-la?

Enfim, como disse o Marquês de Maricá,
"A intolerância irracional de muitos escusa ou justifica a hipocrisia ou dissimulação de alguns."

sábado, 31 de outubro de 2009

Caminhos e Atitudes da Vida


 
"Tudo quanto de desagradável nos sucede na vida - figuras ridículas que fazemos, maus gestos que temos, lapsos em que caímos de qualquer das vir­tudes - deve ser considerado como meros acidentes externos, impotentes para atingir a substância da alma. 
Tenhamo-los como dores de dentes, ou calos da vida, coisas que nos incomodam mas são externas ainda que nossas, ou que só tem que supor a nossa existência orgânica ou que preocupar-se o que há de vital em nós.
Quando atingimos esta atitude, que é, em outro modo, a dos místicos, estamos defendidos não só do mundo mas de nós mesmos, pois vencemos o que em nós é externo, é outrem, é o contrário de nós e por isso o nosso inimigo.
Disse Horácio, falando do varão justo, que ficaria impávido ainda que em torno dele ruísse o mundo. 
A imagem é absurda, justo o seu sentido. Ainda que em torno de nós rua o que fingimos que somos, porque coexistimos, devemos ficar impávidos - não porque sejamos justos, mas porque somos nós, e sermos nós é nada ter que ver com essas coisas externas que ruem, ainda que ruam sobre o que para elas somos.
A vida deve ser, para os melhores, um sonho que se recusa a confrontos."


Fernando Pessoa - O Livro do Desassossego

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A beleza dos cavalos



Essa é a história sobre Homens e cavalos. Essa é a história de todos nós.

Cavalos galopavam, rapidamente, e parecia que os homem que os cavalgam se dirigiam a algum lugar importante. 
Outro homem, em pé ao lado da estrada, grita: "Aonde vocês estão indo?" 
E um dos homens a galope responde: "Não sabemos. Pergunte aos cavalos!" 
Estamos todos sobre cavalos e não sabemos aonde nos conduzem. Não conseguimos pará-los. 
Os cavalos são a vida que nos guia, e somos impotentes diante dela. Estamos sempre correndo, e isso já se tornou um hábito. Estamos acostumados a lutar o tempo todo, até mesmo durante o sono. Estamos em guerra com nós mesmos, e é fácil declarar guerra aos outros também.
Precisamos aprender acalmar nossos pensamentos, a força de nossos hábitos, nossa desatenção, bem como as emoções intensas que nos regem. 

Quando uma emoção nos assola, ela se assemelha a uma tempestade, que, muitas vezes, chega de mansinho, mas provoca estragos, levando consigo a nossa paz. 
Nós ligamos a TV e depois a desligamos, pegamos um livro e depois o deixamos de lado. O que podemos fazer para interromper este estado de agitação? Como podemos fazer cessar o medo, o desespero, a raiva e os desejos?  
A força dos hábitos costuma ser mais forte do que nossa vontade. Dizemos e fazemos coisas que não queremos e depois nos arrependemos, causando sofrimento a nós mesmos e aos outros, e, de forma geral, produzindo grande quantidade de destruição. 
Podemos ter a firme intenção de nunca mais fazer isso, mas sempre acabamos fazendo de novo. Por quê? Porque a força do hábito acaba vencendo e nos conduzindo.
Que tal, a partir de agora, observarmos melhor a beleza dos cavalos?

Os Selos que recebi


Este Belíssimo Selo de  Amizade recebi da amiga Graciete -
poetisa de além-oceano, pessoa sensível, amável e graciosa
Um grande beijo para ti!!





Recebi este gracioso selo de meu amigo Jorge
Obrigado meu amigo por sua lembrança
Seguindo o esquema, vamos as regras:

Escrever 10 coisas que não me saem da cabeça, e indicar para 10 blogs que também não me saem da cabeça.

1-Deus
2-Família
3-Evangelho no Lar

4-Amar o próximo

5-Fortalecer a espiritualidade 
6-Desenvolver da melhor forma possível minha profissão
7-Amigos
8-Auto-conhecimento

9-Passeios
10-Viver a vida, aproveitando sua beleza



Agora vamos às indicações:

1- Graciete - http://osmeuslamentos.blogspot.com/
2- Jacke - http://paravivermelhoremaisfeliz.blogspot.com/
3- Gimbras - http://gimbras.nofuturo.com/
4- Dri Viaro -http://adrianaviaro.blogspot.com/
5- Carlos bayma- http://osho-br.blogspot.com/
6- Cibele Camargo -http://cibelecamargo.blogspot.com/
7- Norma Villares- http://normavillares.blogspot.com/
8- Cristina Bernardes- http://fasciniodaspalavras.blogspot.com/
9- Adélia- http://wisheslife.blogspot.com/
10- Lelliramz- http://lelliramz.blogspot.com/

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A sua lâmpada



Aladim caminhava por uma viela estreita e escura quando um cálido brilho no chão chamou sua atenção.
Aproximando-se, viu que era uma lâmpada.
Olhava, curiosamente, por vários ângulos quando viu sob a poeira que a cobria algo que parecia ser algum escrito.
Passou a mão no local e subitamente uma grande luz branca começou a surgir do bico da lâmpada.
Aladim assustou-se e deixou cair a lâmpada, enquanto uma grande forma humana ia se formando no espaço antes vazio.
Ao invés de terminar em pés, suas pernas se afunilavam na direção do bico da lâmpada.
A forma algo fantasmagórica flutuava envolta por uma aura oscilante.
Antes que Aladim pudesse sequer avaliar a situação, a forma disse com voz grave e firme :
-- Sou o Gênio da Lâmpada, e você tem direito a um desejo.
Recobrando-se, Aladim compreendeu logo a situação e, sem questionar porque era um só desejo, já ia dizendo algo quando o Gênio continuou :
-- Mas há três condições.
Três condições ? Como pode haver condições para atender aos desejos ?
Aladim continuou ouvindo.
-- Primeira condição : o que quer que você deseje, deve se realizar antes em sua mente.
Aladim já ia perguntar o que isto queria dizer, mas o Gênio não deixou :
-- Segunda condição : o que quer que você deseje, deve desejar integralmente, sem conflitos interiores.
Desta vez Aladim esperou.
-- Terceira condição : o que quer você deseje, deve sempre ser capaz de permanecer desejando para continuar a ter.
Aladim, ansioso por dizer logo o que queria, fez o primeiro desejo assim que pôde falar :
-- Eu quero um milhão de dólares !
E o gênio:
-- Já se imaginou tendo um milhão de dólares ?
Aladim agora entendera o que queria dizer a primeira condição.
No mesmo instante vieram à sua mente imagens de si  próprio nadando em dinheiro, comprando muitas coisas. Mas ao imaginar, questionou-se se teria que compartilhar parte do dinheiro com pobres ou outras pessoas.
Aí entendeu a segunda condição, e percebeu que seu desejo não poderia ser atendido.
Aladim buscou, então, algum desejo que poderia ter sem conflitos.
Pensou, pensou, buscou e por fim disse ao Gênio :
-- Senhor Gênio, eu quero uma companheira bela, sábia e carinhosa.
Aladim tinha se imaginado com uma mulher assim e sentiu que aquilo ele queria de verdade, sem qualquer conflito.
O Gênio fez um gesto e de sua mão saiu um feixe de luz esverdeada na direção do coração de Aladim.
Este teve uma visão, como um sonho, de estar vivendo com uma mulher bela, sábia e carinhosa por vários anos.
E viu-se então enjoado, não a queria mais depois de tanto tempo.
Voltando à realidade, Aladim lembrou-se das cenas e viu que aquele desejo também não poderia ser atendido.
Entristeceu-se, pensando que jamais poderia querer e continuar querendo algo sem conflitos.
Algo aparentemente aconteceu.
O rosto de Aladim iluminou-se, e ele disse ao gênio que já sabia o que queria.
-- Sim? O Gênio foi lacônico. Aladim completou, em um só fôlego :
-- Eu desejo que você me dê a capacidade de realizar os desejos de minha mente, sem conflitos !
Algo inesperado aconteceu : o gênio foi soltando-se da lâmpada e formaram-se duas pernas completas no seu corpo. Então, ele desceu, vagarosamente, até apoiar-se no chão, em frente a Aladim, que o fitava com expressão de espanto e interrogação.
-- Obrigado, disse o Gênio, sorridente.
-- Não compreendo, disse Aladim.
Estava escrito que eu seria libertado quando alguém desejasse algo, compreendendo que a realização destes desejos depende de si próprio.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O Rio dos Sentimentos



"Nossos sentimentos desempenham um papel muito importante por dirigirem todos os nossos pensamentos e ações. Existe em nós um rio de sentimentos, no qual cada gota d'água é um sentimento diferente e cada um depende de todos os outros para sua existência. Para observar esse rio, sentamo-nos à sua margem e identificamos cada sentimento à medida que ele vem à tona, passa por nós e desaparece.

Há três tipos de sentimentos — agradáveis, desagradáveis e neutros. Quando temos um sentimento desagradável, podemos querer afastá-lo. O mais eficaz é voltar à nossa respiração consciente e apenas observá-lo, identificando-o em silêncio para nós mesmos. "Inspirando, sei que há um sentimento desagradável em mim. Expirando, sei que há um sentimento desagradável em mim." Chamar o sentimento pelo seu nome, "raiva", "tristeza", "alegria" ou "felicidade", nos ajuda a identificá-lo com clareza e reconhecê-lo em maior profundidade.

Podemos usar nossa respiração para entrar em contato com nossos sentimentos e aceitá-los. Se nossa respiração for leve e tranqüila — resultado natural da respiração consciente — nossa mente e nosso corpo irão lentamente se tornando leves, tranqüilos e claros. E da mesma forma nossos sentimentos. A observação plenamente consciente se baseia no princípio da "não-dualidade": nosso sentimento não está separado de nós nem foi causado apenas por algo externo a nós. Nosso sentimento é nosso eu, e temporariamente nós somos esse sentimento. Não submergimos nesse sentimento, nem nos aterrorizamos com ele, tampouco o rejeitamos. Nossa atitude de não nos agarrarmos aos nossos sentimentos e de tampouco rejeitá-los é a atitude de desapego, uma parte vital da prática da meditação.

Se encararmos nossos sentimentos desagradáveis com cuidado, afeição e não-violência, podemos transformá-los naquele tipo de energia que é saudável e que tem a capacidade de nos nutrir. Através da observação consciente, nossos sentimentos desagradáveis podem ser muito esclarecedores para nós, proporcionando-nos revelações e compreensão a respeito de nós mesmos e da nossa sociedade."

Thich Nhat Hanh

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Obscuro da Alma



"Obscuro
No escuro íntimo
Seu maior inimigo
Você

 
Aquele que sabe tudo
Aquele que te denuncia
Aquele que te acusa
Aquele que te satisfaz os desejos

 
Você
Alma encarcerada nesta carcaça
Alma aprendiz
Aprendes?

 
Luta em confusões
De sentimentos
De emoções
E vive a tormenta

 
Quem sabe
Um dia te reconhecerás
E soltarás as amarras
Dessa veste chamada corpo
"