Mostrando postagens com marcador curiosidades. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador curiosidades. Mostrar todas as postagens

domingo, 22 de agosto de 2010

Parlendas e nossas lembranças

"Hoje é domingo

Pé de cachimbo

Cachimbo é de barro

Bate no jarro

O jarro é de ouro

Bate no touro

O touro é valente

Bate na gente

A gente é fraco

Cai no buraco

O buraco é fundo

Acabou-se o mundo."
 
Nessa data, 22 de agosto, o Brasil comemora o Dia do Folclore.
A palavra surgiu a partir de dois vocábulos saxônicos antigos. “Folk”, em inglês, significa “povo”. E “lore”, conhecimento. Assim, folk + lore (folklore) quer dizer ”conhecimento popular”. O termo foi criado por William John Thoms (1803-1885), um pesquisador da cultura européia que, em 22 de agosto de 1846, publicou um artigo intitulado “Folk-lore”.
 No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se “folclore”.
Folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país. O folclore pode ser percebido na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidade e vestimentas de uma nação. O folclore brasileiro, um dos mais ricos do mundo, formou-se ao longo dos anos principalmente por índios, brancos e negros.
Dentre tantas manifestações folclóricas e culturais que poderiam se citadas e lembradas, há dois tipos especialmente, utilizadas como manifestação oral e que marcaram nossas infâncias.
A parlenda, também chamada parlanda ou parlenga, tem origem em "parolar", "parlar", que significa falar muito, tagarelar, conversar sem compromisso. É um conjunto de palavras com pouco ou nenhum nexo e importância, de caráter lúdico, muito utilizado em rimas infantis, versos curtos, ritmo fácil, com a função de divertir, ajudar na memorização, compor uma brincadeira. Pode ser destinada à fixação de números, dias da semana, cores, assuntos.



E quem não se lembra dessas?:




"Um, dois, feijão com arroz.


Três, quatro, feijão no prato.

Cinco, seis, bolo inglês.

Sete, oito, comer biscoito.

Nove, dez, comer pastéis" .



"Batatinha quando nasce

se esparrama pelo chão.

Menininha quando dorme

põe a mão no coração".



"O cravo brigou com a rosa

debaixo de uma sacada

O cravo saiu ferido

e a rosa despetalada".



"Chuva e sol,

casamento de espanhol.

Sol e chuva,

casamento de viúva".


Cadê o toicinho daqui?

O gato comeu.

Cadê o gato?

Foi pro mato.

Cadê o mato?

O fogo queimou.

Cadê o fogo?

A água apagou.

Cadê a água?

O boi bebeu.

Cadê o boi?

Foi amassar trigo.

Cadê o trigo?

A galinha espalhou.

Cadê a galinha?

Foi botar ovo.

Cadê o ovo?

O padre bebeu.

Cadê o padre?

Foi rezar a missa.

Cadê a missa?

Já se acabou!

 E para travar a língua um pouquinho:


O rato roeu a roupa do rei de Roma. O rei roxo de raiva rallhou pra rainha remendar.



Quem a paca cara compra, cara a paca pagará.


Debaixo da pia tem um pinto, quando a bica pinga, o pinto pia.


O peito do pé do pai do padre Pedro é preto.


A babá boa bebeu o leite do bebê.



Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia.


E quem nunca gostou?


 

sábado, 2 de maio de 2009

O Poder do LOTUS - sua lenda





Certo dia, à margem de um tranqüilo lago solitário, onde erguiam-se frondosas árvores com perfumosas flores de mil cores, e coalhadas de ninhos onde aves canoras chilreavam, encontraram-se quatro elementos irmãos: o fogo, o ar, a água e a terra. - Quanto tempo sem nos vermos em nossa nudez primitiva - disse o fogo cheio de entusiasmo, como é de sua natureza. É verdade - disse o ar. - É um destino bem curioso o nosso. À custa de tanto nos prestarmos para construir formas e mais formas, tornamo-nos escravos de nossa obra e perdemos nossa liberdade. - Não te queixes - disse a água -, pois estamos obedecendo à Lei, e é um Divino Prazer servir à Criação. Por outro lado, não perdemos nossa liberdade; tu corres de um lado para outro, à tua vontade; o irmão fogo, entra e sai por toda parte servindo a vida e a morte. Eu faço o mesmo. - Em todo o caso, sou eu quem deveria me queixar - disse a terra - pois estou sempre imóvel, e mesmo sem minha vontade, dou voltas e mais voltas, sem descansar no mesmo espaço. - Não entristeçais minha felicidade ao ver-nos - tornou a dizer o fogo - com discussões supérfluas. É melhor festejarmos estes momentos em que nos encontrarmos fora da forma. Regozijemo-nos à sombra destas árvores e à margem deste lago formado pela nossa união. Todos o aplaudiram e se entregaram ao mais feliz companheirismo. Cada um contou o que havia feito durante sua longa ausência, as maravilhas que tinham construído e destruído. Cada um se orgulhou de se haver prestado para que a Vida se manifestasse através de formas sempre mais belas e mais perfeitas. E mais se regozijaram, pensando na multidão de vezes que se uniram fragmentariamente para o seu trabalho. Em meio de tão grande alegria, existia uma nuvem: o homem. Ah! como ele era ingrato. Haviam-no construído com seus mais perfeitos e puros materiais, e o homem abusava deles, perdendo-os. Tiveram desejo de retirar sua cooperação e privá-lo de realizar suas experiências no plano físico. Porém a nuvem dissipou-se e a alegria voltou a reinar entre os quatro irmãos. Aproximando-se o momento de se separarem, pensaram em deixar uma recordação que perpetuasse através das idades a felicidade de seu encontro. Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem. Houve muitos projetos que foram abandonados por serem incompletos e insuficientes. Por fim, refletindo-se no lago, os quatro disseram: - E se construíssemos uma planta cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as folhas e flores fora dela? - A idéia pareceu digna de experiência. Eu porei as melhores forças de minhas entranhas - disse a terra - e alimentarei suas raízes. - Eu porei as melhores linfas de meus seios - disse a água - e farei crescer sua haste. - Eu porei minhas melhores brisas - disse o ar - e tonificarei a planta. - Eu porei todo o rneu calor - disse o fogo - para dar às suas corolas as mais formosas cores. Dito e feito. Os quatro irmãos começaram a sua obra. Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O sol abençoou-a e a planta deu entrada na flora regional, saudada como rainha.
Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada, e servia para o homem como símbolo da pureza e perfeição humana.
Consultaram-se os astros, e foi fixada a data de 8 de maio - quando a Terra está sob a influência da Constelação de Taurus, símbolo do Poder Criador - para a comemoração que desde épocas remotas se tem perpetuado através das idades. Foi espalhada esta comemoração por todos os países do Ocidente, e, em 1948, o dia 8 de Maio se tomou também o "Dia da Paz".A flor-de-lótus (Nelumbo nucifera), também conhecida como lótus-egípcio, lótus-sagrado e lótus-da-índia, é uma planta da família das ninfáceas (mesma família da vitória-régia) nativa do sudeste da Ásia (Japão, Filipinas e Índia, principalmente).Olhada com respeito e veneração pelos povos orientais, ela é freqüentemente associada a Buda, por representar a pureza emergindo imaculada de águas lodosas. No Japão, por exemplo, esta flor é tão admirada que, quando chega a primavera, o povo costuma ir aos lagos para ver o botão se transformando em flor.
Lótus é o símbolo da expansão espiritual, do sagrado, do puro.
A lenda budista nos relata que quando Siddhartha, que mais tarde se tornaria o Buda, tocou o solo e fez seus primeiros sete passos, sete flores de lótus cresceram. Assim, cada passo do Bodhisattva é um ato de expansão espiritual. Os Budas em meditação são representados sentados sobre flores de lótus, e a expansão da visão espiritual na meditação (dhyana) está simbolizada pelas flores de lótus completamente abertas, cujos centros e pétalas suportam imagens, atributos ou mantras de vários Budas e Boddhisattvas, de acordo com sua posição relativa e relação mútua. Do mesmo modo, os centros da consciência no corpo humano (chacras) estão representados como flores de lótus, cujas cores correspondem ao seu caráter individual, enquanto o número de suas pétalas corresponde às suas funções. O significado original deste simbolismo pode ser visto pela semelhança seguinte: Tal como a flor do lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo sua flores somente após ter-se erguido além da superfície, ficando imaculada de ambos, terra e água, que a nutriram - do mesmo modo a mente, nascida no corpo humano, expande suas verdadeiras qualidades (pétalas) após ter-se erguido dos fluidos turvos da paixão e da ignorância, e transforma o poder tenebroso da profundidade no puro néctar radiante da consciência Iluminada (bidhicitta), a incomparável jóia (mani) na flor de lótus (padma). Assim, o arahant (santo) cresce além deste mundo e o ultrapassa. Apesar de suas raízes estarem na profundidade sombria deste mundo, sua cabeça está erguida na totalidade da luz. Ele é a síntese viva do mais profundo e do mais elevado, da escuridão e da luz, do material e do imaterial, das limitações da individualidade e da universalidade ilimitada, do formado e do sem forma, do Samsara e do Nirvana. Se o impulso para a luz não estivesse adormecido na semente profundamente escondida na escuridão da terra, o lótus não poderia se voltar em direção à luz. Se o impulso para uma maior consciência e conhecimento não estivesse adormecido mesmo no estado da mais profunda ignorância, nem mesmo num estado de completa inconsciência um Iluminado nunca poderia se erguer da escuridão do Samsara. A semente da Iluminação está sempre presente no mundo, e do mesmo modo como os Budas surgiram nos ciclos passados do mundo, também os Iluminados surgem no presente ciclo e poderão surgir em futuros ciclos, enquanto houver condições adequadas para vida orgânica e consciente.




Combate às drogas






Breve história das drogasA longa trajetória das substâncias psicotrópicas com o passar dos milênios



5400 - 5000 A.C.
Um jarro de cerâmica descoberto no norte do Irã, com resíduos de vinho resinado, é considerado a mais antiga evidência da produção de bebida alcoólica
4000 A.C.
Os chineses são, provavelmente um dos primeiros povos a usar a maconha. Fibras de cânhamo descobertas no país datam dessa época
3500 A.C.
Os sumérios, na Mesopotâmia, são considerados o primeiro povo a usar ópio. O nome dado por eles à papoula pode ser traduzido como "flor do prazer"
3000 A.C.
A folha de coca é costumeiramente mastigada na América do Sul. A coca é tida como um presente dos deuses
2100 A.C.
Médicos sumérios receitam a cerveja para a cura de diversos males, segundo inscrições em tabuletas de argila
2000 A.C.
Hindus, mesopotâmios e gregos usam o cânhamo como planta medicinal. Na Índia, a maconha é considerada um presente dos deuses, uma fonte de prazer e coragem
100 A.C.
Depois de séculos, o cânhamo cai em desuso na China e é empregado apenas como matéria-prima para a produção de papel
Século 11
Hassan Bin Sabah funda a Ordem dos Haximxim, uma horda de guerreiros que recebia, em sua iniciação, uma grande quantidade de haxixe, a resina da Cannabis
1492
O navegador Cristóvão Colombo descobre os índios usando tabaco durante suas viagens ao Caribe
Século 16
Américo Vespúcio faz na Europa os primeiros relatos sobre o uso da coca. Com a conquista das Américas, os espanhóis passam a taxar as plantações
Século 16
Durante a expansão marítima para o Oriente, os portugueses adotam a prática de fumar ópio
1550
Jean Nicot, embaixador francês em Portugal, envia sementes de tabaco para Paris
Século 17
O gim é inventado na Holanda e sua popularização na Inglaterra no século 18 cria um grave problema social de alcoolismo
Século 18
O cânhamo volta a ser usado no Ocidente, como planta medicinal. Alguns médicos passam a usá-lo no tratamento da asma, tosse e doenças nervosas
Século 19
Surgem os charutos e cigarros. Até então, o tabaco era fumado principalmente em cachimbos e aspirado na forma de rapé
1845
O pesquisador francês Moreau de Tours publica o primeiro estudo sobre drogas alucinógenas, descrevendo seus efeitos sobre a percepção humana
1850-1855
A coca passa a ser usada como uma forma de anestesia em operações de garganta. A cocaína é extraída da planta pela primeira vez.
1852
O botânico Richard Spruce identifica o cipó Banisteriopsis caapi como a matéria-prima de onde é extraída a ayahuasca
1874
Com a mistura de morfina e um ácido fraco semelhante ao vinagre, a heroína é inventada na Inglaterra por C.R.A. Wright
1874
A prática de fumar ópio é proibida em San Francisco (EUA). A Sociedade para a Supressão do Comércio do Ópio é fundada na Inglaterra, e só quatro anos depois as primeiras leis contra o uso de ópio são adotadas
1884
O uso anestésico da cocaína é popularizado na Europa. Dois anos depois, John Pemberton lança nos EUA uma beberagem contendo xarope de cocaína e cafeína: a Coca-Cola. A cocaína só seria retirada da fórmula em 1901
1896
A mescalina, princípio ativo do peyote, é isolada em laboratório
1898
A empresa farmacêutica Bayer começa a produção comercial de heroína, usada contra a tosse
1905
Cheirar cocaína torna-se popular. Os primeiros casos médicos de danos nasais por uso de cocaína são relatados em 1910. Em 1942, o governo dos EUA estima em 5.000 as mortes relacionadas ao uso abusivo da droga
1912
A indústria farmacêutica alemã Merck registra o MDMA (princípio ativo do ecstasy) como redutor de apetite. A substância, porém, não chega a ser comercializada.
1914
A cocaína é banida dos EUA
1930
Num movimento que começa nos Estados Unidos, a proibição da maconha alcança praticamente todos os países do Ocidente
1943
O químico suíço Albert Hofmann ingere, por acidente, uma dose de LSD-25, substância que havia descoberto em 1938. Com isso, ele descobre os efeitos da mais potente droga alucinógena
1950-1960
Cientistas fazem as primeiras descobertas da relação do fumo com o câncer do pulmão
1953
O exército norte-americano realiza testes com ecstasy em animais. O objetivo era investigar a utilidade do agente em uma guerra química
1956
Os EUA banem todo e qualquer uso de heroína
1965
O LSD é proibido nos EUA. Seus maiores defensores, como os americanos Timothy Leary e Ken Kesey, começam a ser perseguidos
1965
Alexander Shulgin sintetiza o MDMA em seu laboratório. Ao mastigá-lo, sente "leveza de espírito" e apresenta a droga a psicoterapeutas
Anos 70
O uso da cocaína torna-se popular e passa a ser glamourizado. Nos anos 80, o preço de 1 Kg de cocaína cai de US$ 55 mil (1981) para US$ 25 mil (1984), o que contribui para sua disseminação
1977
Início da "Era de Ouro" do ecstasy. Terapeutas experimentais fazem pesquisas em segredo para não chamar a atenção do governo
Década de 80
Surge o crack , a cocaína na forma de pedra. A droga, acessível às camadas mais pobres da população tem um alto poder de de pendência
1984
A Holanda libera a venda e consumo da maconha em estabelecimentos específicos - os coffee shops
1984
O uso recreativo do MDMA ganha as ruas. Um ano depois, a droga é proibida nos EUA e inserida na categoria dos psicotrópicos mais perigosos
2001
Os EUA dão apoio financeiro de mais de US$ 2 bilhões ao combate ao tráfico e à produção de cocaína na Colômbia
2003
O governo canadense anuncia que vai vender maconha para doentes em estado terminal. É a primeira vez que um governo admite o plantio e comercialização da droga



Fonte: Revista Galileu Especial nº3 - Agosto/2003





APÓS 14 ANOS DE PRISÃO, DEVIDO AO CONSUMO DE DROGAS, ESSA FOI A APARÊNCIA QUE RESTOU.....

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Salvador Dali




Carlos Lozano, amigo íntimo do pintor e seu indiscreto biógrafo, afirma que Dali era "um voyeur totalmente homossexual" que sempre ocultou suas tendências. Sua vida afetiva ainda hoje gera muita curiosidade já que era "politicamente incorreto" quanto à aceitacão da homossexualidade alheia e teve uma única mulher durante toda a vida. A pele morena, os olhos arregalados e o rosto realçado pelos longos bigodes levantados nas pontas são marca registrada deste irreverente showman, que se tornou um dos mais conhecidos artistas do século XX. Começou a desenhar e pintar ainda menino e foi para Madri estudar Belas Artes na Universidade de San Fernando, de onde foi expulso por incitação à rebeldia, meses antes de concluir o curso.Enquanto morou na Casa do Estudante da Universidade, manteve uma grande amizade - segundo vários biografos, um "amor platônico" - com o poeta Federico Garcia Lorca, com quem desenvolveu muitos projetos artísticos de vanguarda. O cenário artístico da Espanha começou a ficar pequeno para conter o gênio criativo de Dali. Levado por Gala Élouard passou a participar do grupo de pintores e escritores surrealistas na França. O surrealismo foi um movimento literário e artístico surgido na Europa no final da 1ª Guerra Mundial, que se propunha a romper com o conformismo, liberando as formas de expressão de todos os "entraves" da moral e da consciência. Os principais artistas surrealistas - Breton, Elouard, Aragon, Ernst, Miró Dali, entre outros - incorporaram, influenciados pelas idéias de Freud e Jung, a idéia de que tinham a "missão" de prover a humanidade com tudo que escapa à consciência, dando absoluta importância ao irracional, ao sonho e à loucura.Dali se autodenominava "crítico paranóico" e acreditava que sua genialidade era capaz de estimular um estado de loucura sem usar drogas, sendo capaz de reproduzir alucinações e voltar, em seguida, ao estado de consciência plena. O Surrealismo, que começou como um movimento literário francês, logo ficou popular em todo o mundo da arte. Embasado na arte primitiva, aceitava o uso de formas e objetos nas mais estranhas e distorcidas maneiras. Mas o uso abusivo de elementos escatológicos em suas obras fez com que Dali fosse expulso do grupo.
Ele dizia que seus quadros eram "fotografias de sonhos pintadas à mão". Salvador Dalí era um homem excêntrico, dado a surtos de exibicionismo e megalomania, o que ajudou a criar em torno de sim uma aura mítica de ousadia e loucura. "As duas coisas mais felizes que podem acontecer a um pintor contemporâneo são: primeiro, ser espanhol, e segundo, chamar-se Dalí. Ambas me aconteceram", dizia, com sua insuperável capacidade para o marketing pessoal. "Todas as manhãs eu experimento uma delicada alegria - a alegria de ser Salvador Dalí - e me pergunto, em êxtase, que coisas maravilhosas esse Salvador Dalí vai realizar hoje?"

Cultura musical - Arte completa



ÓPERA
Gênero musical que se originou na Itália, no início do século XVII. Em latim e italiano a palavra ópera significa “obras”. Surgiu da necessidade de unir a arte de representar com a beleza da música. Possui uma história com começo, meio e fim, e é cantada e acompanhada por uma orquestra. É uma das expressões mais completas da arte, pois reúne o canto, teatro, dança, iluminação, orquestra sinfônica, cenários e adereços, entre outros elementos. Durante séculos, a ópera contribuiu para o aprimoramento da voz humana em função de sua beleza. O cantor de ópera necessita, no mínimo, de oito anos de estudo para o domínio vocal, além de ter boa dicção, "ouvido musical" e interpretação teatral. Podemos destacar alguns dos grandes cantores líricos: Maria Callas, Beniamino Gigli, Pavarotti e Monserat Caballet. Os autores de maior destaque são: Verdi, Rossini, Mozart, Wagner, Puccini, Donizetti, Bellini e Bizet. Não podemos deixar de citar nosso grande compositor Carlos Gomes, cujas óperas, dentre elas "O Guarani", são encenadas mundialmente.
As primeiras óperas foram compostas em Florença, na Itália por volta de 1590. Um grupo de nobres, músicos e poetas, demonstrou interesse em conhecer melhor a cultura da Grécia antiga, principalmente a tragédia grega. Formou-se então, um grupo denominado Camerata. Eles achavam que os gregos cantavam, em vez de recitar suas tragédias. Utilizaram temas extraídos da história e mitologia dos gregos e romanos, para recriar assim, composições musicais. A Camerata chamava estas composições de drama para música (dramma per musica) ou obra teatral (opera in musica), vindo deste último o termo ópera, como hoje é conhecido. A primeira ópera foi Dafne, composta em 1597 por Jacopo Peri, membro da Camerata.



Óperas mais famosas de todos os tempos:



· Carmen, de Bizet· Aída, de Verdi· Guilherme Tell, de Rossini· Flauta Mágica, de Mozart· La Gioconda, de Amilcare Ponchielli · O Barbeiro de Sevilha, de Gioacchino Rossini · Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni

Libreto

Para melhor apreciação e compreensão de uma ópera, é necessário que se leia o libreto ou resumo da peça que vai ser encenada. Alguns libretos são considerados medíocres, no entanto alguns são verdadeiras obras primas da literatura.
Recitativos e árias: algumas óperas contêm recitativos, que são cantos declamados e que se caracterizam pela liberdade rítmica e melódica. Os recitativos servem geralmente para transmitir ao público uma informação ou esclarecimento sobre a narrativa e são escritos em prosa.
As partes mais emocionantes do libreto são os solos, chamados árias. A maioria delas é escrita em verso, com rima e ritmo; quase sempre sua música é a mais bela e dramática de uma ópera. As árias devem exprimir os sentimentos e o estado de espírito do personagem que as interpreta.



Conjuntos: em muitas óperas, o libreto exige que dois ou mais cantores se empenhem em um diálogo musical chamado conjunto. Os conjuntos mais comuns são duetos, trios, quartetos e quintetos. Os conjuntos podem cantar as mesmas palavras, demonstrando concordância, ou podem interpretar palavras e melodias diferentes, querendo expressar pensamentos e idéias conflitantes.



A música

Os cantores numa ópera são classificados de acordo com a altura de sua voz.
Os coros: grande número das óperas inclui, além de recitativos, árias e conjuntos, música para coro. O coro pode aparecer em cena para compor um quadro, entrar apenas para fazer um exclamação, mas pode também desempenhar um papel importante no enredo e cantar passagens bastante difíceis.
A interpretação dramática de uma ópera é quase sempre mais difícil do que de uma peça teatral, pois o cantor deve interpretar convincentemente o seu personagem e ao mesmo tempo, cantar.
O regente ou maestro desempenha um papel de maior importância nas encenações de uma ópera. Durante toda a apresentação tem que manter a harmonia entre a orquestra e os cantores.



Orquestra: o número, os tipos de instrumentos e a função da orquestra variam muito da ópera que será encenada. Na maioria das vezes, sua função básica é de acompanhar os cantores. Entretanto, às vezes a orquestra desempenha papéis mais importantes, fazendo a introdução de uma ária, descrevendo seu caráter emocional, ou acentuando algumas passagens do texto.
Em algumas cenas, um ou vários personagens permanecem por longo tempo em silêncio e seus sentimentos são expressos por música orquestral.
Peças de música orquestral, chamadas interlúdios, servem para fazer a ligação entre cenas e podem também indicar a mudança da atmosfera emocional da ópera.
Grande número de óperas começa com uma abertura orquestral, cuja importância é variada. Algumas podem apenas indicar que o espetáculo vai começar; outras, porém, fazem a introdução dos temas mais destacados da peça e outras descrevem o clima emocional da cena de abertura ou até de toda a ópera.

Vozes Femininas


- Soprano: Voz mais aguda. Muitas óperas têm o nome da própria soprano como título. (Ex.: Madame Butterfly)- Mezzo-Soprano: É como uma soprano, mas possui um tom de voz levemente mais grave do que a soprano. Geralmente ocupa papéis secundários, como irmã, amiga, ou às vezes até inimiga ou rival da soprano.- Contralto: Voz feminina mais grave da ópera. Geralmente ocupam papéis de mulheres mais velhas, porque exigem maior imponência.


Vozes Masculinas
- Tenor: É a voz mais aguda. Os papéis de maior importância são sempre destinados a eles, que em conjunto com as sopranos, formam os protagonistas da história.- Barítono: Voz intermediária entre o tenor e o baixo. Os barítonos são, na maioria das vezes, os vilões da história e sempre disputam a amada com o Tenor.- Baixo: Voz mais grave da ópera. Os papéis que geralmente os são dados são os de pai, nobre e general, pois transmitem muito peso.

Mistérios de uma civilização



Todos parecem ter a mesma opinião sobre o Santuário Histórico de Machu Picchu, como é oficialmente chamado: o lugar emite vibrações positivas que fazem do passeio um momento mágico, sem igual. Nos últimos anos, grupos esotéricos e religiosos vêm escolhendo o santuário como ponto de encontro para a realização de suas práticas místicas. Boa parte dessa sensação está relacionada ao fato de o visitante saber que está penetrando em um lugar cuja história escrita não existe e onde muito pouco se conhece sobre sua criação. Por que os incas construíram, ocuparam e logo abandonaram a vila de pedra de quase um quilômetro de extensão são segredos ainda sem respostas.
A cidade perdida dos incas, como é apelidada, permaneceu oculta durante cinco séculos, até ser descoberta de forma casual, em 1911, pelo explorador norte-americano Hiram Bingham. No início, estudiosos pensavam que se tratava de uma fortaleza, mas com o avanço das escavações descobriram que a maioria dos esqueletos eram de mulheres, surgindo a hipótese de o lugar ter sido um monastério para as "virgens do Sol", personagens fundamentais da vida religiosa dos incas. Depois os pesquisadores sustentaram que o local foi feito para a observação dos astros. O monumento de pedra Intihuatana, que significa "lugar onde se amarra o Sol", era usado como um relógio solar para marcar as estações do ano.
Estudos mais recentes defendem que a cidadela foi, como as pirâmides dos faraós do Egito, um ostentoso mausoléu construído para Pachakuteq, fundador e primeiro imperador do extinto Império Inca. A 2.400 metros de altitude, nos Andes Peruanos, Machu Picchu está situada no alto de uma montanha, cercada por outras montanhas e circundada pelo rio Urubamba, o que e lhe proporciona uma atmosfera única de segurança e beleza. Isto explica que não foi por acaso que a civilização Inca escolheu esta montanha. Pela obra humana e pela localização geográfica Machu Picchu é considerada patrimônio cultural da humanidade.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho, o grande número de terraços para agricultura são impressionantes destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a histórica inca, tudo planejado para a passagem do deus sol.
Na mitologia andina considerava-se que os chefes Inkas eram descendentes do grande Deus Inti (Sol) e por isso anualmente eles deveriam render-lhe homenagens com uma celebração suntuosa.
A festa era realizada no final da colheita de tubérculos e cereais para dessa forma agradecer pelas abundantes colheitas ou, no outro caso, para pedir maiores colheitas na próxima safra.
É possível chegar à cidade sagrada de trem, mas a opção imperdível para quem gosta de aventura é percorrer a Trilha Inca e chegar em Machu Picchu pela Porta do Sol. Pode-se realizar a Trilha Completa, caminhando os 45 km em 4 dias com pernoites nos acampamentos com total infra-estrutura, ou fazer a Trilha Curta, que pode ser realizada de duas maneiras: em dois dias, com pernoite no alojamento próximo às ruínas de Wina Wayna, chegando à Porta do Sol pela manhã ou caminhar os 12 km num único dia, chegando em Machu Picchu no final da tarde.



O som dos violinos

Foi na Itália, entre o fim do século XIV e o início do século XV, que surgiram os primeiros violinos. A arte de fabricar violinos de grande qualidade foi atributo das famílias Cremona, Guarnieri e Stradivarius, durante duzentos anos. Os violinos Stradivarius são considerados os mais valiosos do mundo e foram confeccionados pelo mestre Antonio Stradivari (1644-1737). Os violinos Stradivarius são conhecidos pela sua qualidade sonora inigualável e pela sua beleza estética, originária da Seção Áurea, utilizada pelo mestre Antonio Stradivari para desenhar os instrumentos. Em 2006, um violino Stradivarius foi arrematado por 3,5 milhões de dólares.

Ao longo dos anos, a estrutura de fabricação do violino sofreu modificações. A partir do século XIX, a espessura das cordas foi alterada e optou-se pelo uso do cavalete mais alto e um braço mais inclinado, essas são as principais características do violino moderno. O arco que, por quatrocentos anos teve um formato côncavo, ganhou uma curvatura convexa, modificação que permitiu um suporte maior da tensão das crinas.

A utilização mais expressiva do violino se deu a partir do século XV.

A palavra italiana “spalla” batiza o primeiro violinista. Ele é a figura mais importante depois do maestro. Além de orientar a afinação da orquestra, também serve como referência para os outros instrumentistas, caso haja dúvidas sobre as indicações do maestro.


Quais são as partes de um violino?

O Violino é considerado um instrumento de cordas friccionadas e tem como principal característica a produção de um timbre agudo. Ele possui quatro cordas (Mi4, Lá3, Ré3, Sol2). A utilização mais comum do violino é nos naipes de cordas das orquestras.

Cordas: quando os primeiros violinos foram fabricados, as cordas eram feitas de tripa de carneiro. Atualmente, elas são de aço cromado ou de material sintético, revestidas de alumínio, níquel ou prata – as de melhor qualidade. A corda Mi, que é a primeira e a mais aguda, não é revestida.

Arco: feito de madeira, sendo que os de melhor qualidade são de Pau-Brasil pernambucano. Os fios são de crina de cavalo, ou de nylon. Em geral, os arcos de fios de crina de cavalo possibilitam a produção de um som de maior qualidade, pois a crina permite o ajuste de tensão.



Principais obras clássicas escritas para Violino

ANTONIO VIVALDI - As Quatro Estações, op.8 para Violino solista, cordas e continuo J.SEBASTIAN BACH - 3 Sonatas & 3 Partitas para Violino Só(desacompanhado) - Concerto em La Menor para Violino cordas e continuo- Concerto em Mi maior para Violino cordas e continuo - Concerto para 2 Violinos cordas e continuo em Re Menor

W.AMADEUS MOZART - 23 Sonatas para Violino e Piano - Cinco Concertos para Violino e Orquestra - Sinfonia Concertante para Violino, Viola e Orquestra

L. VAN BEETHOVEN - 10 Sonatas para Violino e Piano, Duas Romanças para Violino e Orquestra - Concerto em Ré Maior para Violino e Orquestra

FELIX MENDELSSOHN - Concerto em Mi Menor para Violino e Orquestra

N. PAGANINI - 24 Caprichos para Violino Só, op1 - Concerto no.1 em Ré maior para Violino e Orquestra - Concerto no.2 em Si menor para Violino e Orquestra - Nel Cor Più nom mi sento - Variações sobre God Save The King

PIOTR I. TSCHAIKOWSKY - Concerto para Violino e Orquestra em Ré maior

JOHANNES BRAHMS - 4 Sonatas para Violino e Piano - Concerto para Violino e Orquestra em Ré maior

JEAN SIBELIUS - Concerto para Violino e Orquestra

ALBAN BERG - Concerto para Violino e Orquestra

BELA BARTOK - Sonata para Violino Só - Duas Sonatas para Violino e Piano - Dois Concertos para Violino e Orquestra

WILLIAM WALTON - Concerto para Violino e Orquestra



O SEGREDO DOS STRADIVARIUS

A densidade da madeira. Este é o segredo para o som de um violino Stradivarius, segundo cientistas holandeses que fizeram tomografias computadorizadas aos famosos instrumentos. A técnica desenvolvida para estudar os tecidos nos pulmões em pacientes com enfisema permitiu verificar que as variações na densidade da madeira são menores nos violinos construídos por Antonio Stradivari há três séculos.

Ao longo do ano, as árvores crescem de forma diferente. Na Primavera, o crescimento é mais rápido, pelo que a madeira é leve e esponjosa. Já no Inverno, é escura e mais densa, quando o crescimento é menor. Todos estes fatos ficam registrados nos anéis da madeira. "Esse padrão influencia a qualidade de ressonância da madeira", afirmou à BBC o médico holandês Berend Stoel, responsável do estudo publicado no jornal online PLoS ONE.

As tomografias computadorizadas, que foram efetuadas em cinco violinos antigos - três dos quais de outro mestre de Cremona, Guarneri del Gesu, mas todos no valor de mais de um milhão de dólares -, mostram que a densidade é constante em todo o instrumento. Isso não se verificou nos sete violinos modernos analisados. Há quem aponte as culpas à Pequena Idade do Gelo (do séc. XIV ao XIX), que, ao reduzir a atividade solar, pode ser a causa do crescimento mais lento das árvores e com menos diferença entre as estações.

"As alterações climáticas podiam explicar parte das diferenças, mas o tratamento dado à madeira pode ser outra explicação. Uma terceira resposta pode ser simplesmente o envelhecimento da madeira ao longo dos últimos 300 anos", disse Stoel, do Centro Universitário de Leiden.

O médico é ele próprio um violinista, interessado nos segredos dos Stradivarius. Mas a raridade destes instrumentos - restam apenas 650 dos cerca de 1100 construídos - tem impedido que sejam realizados estudos mais invasivos, que os podiam danificar. Para os especialistas, esta descoberta poderá permitir replicar os instrumentos construídos por Stradivari - mais precisamente o seu som -, o que tem vindo a ser tentado ao longo dos séculos sem sucesso. "Os violinos modernos soam excelentemente, mas isto pode ajudar a providenciar os últimos cinco por cento de melhoria", afirmou Stoel, citado pelo Daily Telegraph.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Centros Energéticos

CHACRAS




Os centros enérgicos da saúde plena: física, mental, emocional e espiritual




A palavra chacra, do sânscrito, significa roda e evoca o caráter dinâmico desses centros magnéticos, que, segundo o hinduísmo, captam, armazenam e distribuem a energia. Relacionados a órgãos e glândulas, eles têm importância decisiva para a nossa vida mental e espiritual, influenciam nossas emoções e são influenciados por elas. Atuam,então,diretamente sobre a nossa disposição e alegria de viver. Os sete principais estão localizados entre a base da coluna e o topo da cabeça, em áreas de confluência de mais de 70 mil nadis - rios de energia (comparáveis aos meridianos da medicina chinesa). Quando seu fluxo é bloqueado, surgem as doenças. "Aí, não apenas a saúde física fica comprometida como também todo o nosso desenvolvimento, pois na tradição indiana, berço desse conhecimento, matéria e espírito são inseparáveis". E o que pode bloquear os chacras? "A má qualidade do ar ou da alimentação,o sedentarismo e os tumultos internos são verdadeiros ladrões de energia". Os mestres hindus receitam ioga e meditação contra o desequilíbrio, mas é possível ativar os chacras com atividades físicas, atitudes adequadas no dia-a-dia e terapias específicas, que envolvem mantras (cânticos devocionais) ou mentalização de cores. Não faz sentido, por exemplo, achar que problemas cardíacos podem ser resolvidos apenas com meditações que ativam o chacra dessa região. Para nos abastecer, os chacras captam a força vital (prana) e espiritual (kundalini). Na verdade, trata-se da mesma energia, que se manifesta de modos diferentes e é obtida por meio do ar, luz solar, água, alimentação e pelo desenvolvimento da consciência. Os pranayamas, exercícios respiratórios da ioga, purificam nossos canais, favorecem a absorção dos nutrientes e o despertar da kundalini. Segundo a tradição tântrica, essa força mora dentro de nós, mas em estado latente.Adormecida no primeiro chacra, ela deve ser conduzida até o sétimo, integrando as polaridades feminina e masculina, representadas respectivamente pela deusa Shakti, considerada a mãe de todas as formas, e o deus Shiva, portador da consciência plena. "Poderemos dar um salto quando conseguirmos desenvolver o chacra cardíaco, aprendendo mais sobre o amor incondicional." A seguir, apresentam-se as características de cada chacra, de acordo com O LIVRO BÁSICO DOS CHACRAS (ED. PENSAMENTO), de Naomi Ozaniec, e TERAPIA DO AMOR (ED. SEMENTE), de Rahasya Fritjof Kraft. Para facilitar a ilustração, vejamos os chacras na região frontal, mas lembre-se: eles também operam nas partes posteriores.
Em sânscrito muladhara, de nmula, que significa raiz, e adhara, base. LOCALIZAÇÃO: Região do períneo, entre o ânus e os órgãos genitais.
COR: Vermelho.
ELEMENTO: Terra.
GLÂNDULAS: Supra-renais.
FUNÇÃO: Sobrevivência.
DISFUNÇÕES: Fraqueza, doenças ósseas ou hemorróidas; dificuldade para lidar com a raiva e frustração. TEMAS: Associado à vitalidade e à nossa ligação com a terra, ele rege as funções do intestino grosso, os ossos, as pernas, pés e tudo o que nos mantém firmes no chão. A habilidade (ou incapacidade) de gerir o plano material, como cuidar do corpo, ganhar dinheiro e dar forma aos projetos, tem a ver com esse centro, que influencia a vida sexual na sua vertente mais instintiva.
COMO ATIVAR: Caminhar descalço, dançar e pular com batidas rítmicas no chão, tomar atitudes em relação às questões materiais da existência.
PARA REFLETIR: O que pode estruturar ou desestruturar você?

Svadisthana, que significa morada.
LOCALIZAÇÃO: Região do baixo-ventre.
COR: Laranja.
ELEMENTO Água.
GLÂNDULAS: Ovários e testículos.
FUNÇÕES: Prazer, procriação, criatividade.
DISFUNÇÕES: Dependência emocional, luxúria, frigidez, bloqueio criativo, problemas nos rins, nos sistemas reprodutor e circulatório.
TEMAS: A polaridade amor e ódio, os sentimentos de vergonha e culpa, as fantasias sexuais e as dores emocionais profundas (ligadas à maternidade e às traições) são questões desse chacra, que governa os líquidos corporais, como o sangue, a menstruação, o esperma e as lágrimas. Tanto o prazer do orgasmo quanto o risco de confundir-se com o parceiro mexem com a energia desse centro, bem como a saúde dos órgãos envolvidos na concepção.
COMO ATIVAR: Atividades aquáticas, danças de ritmo sensual.
PARA REFLETIR: Descubra a relação entre sexualidade e espiritualidade.

Manipura, que significa gema ou jóia reluzente.
LOCALIZAÇÃO: Acima do umbigo, na região do estômago.
COR: Amarelo-ouro.
ELEMENTO: Fogo.
GLÂNDULA: Pâncreas.
FUNÇÕES: Digestão, fortalecimento da vontade.
DISFUNÇÕES: Distúrbios alimentares, diabetes, mania de julgar ou controlar os outros, egocentrismo.
TEMAS: As questões de carisma e autoridade são o desafio desse ponto, ligado ao metabolismo dos alimentos e das emoções. Despertar a consciência para as emoções envolvidas nos jogos de poder (como a fúria ou o medo da perda) é a chave para transmutá-las. Nessa esfera, aprendemos a nos defender dos abusos e a obter autodomínio - nunca pela negação dos sentimentos, mas pela habilidade de lidar com eles.
COMO ATIVAR: Exercícios de flexão de coluna (na ioga, a postura da pinça e a saudação ao sol).
PARA REFLETIR: Identifique os aspectos luminosos e sombrios no seu modo de exercer o poder.

Anahata, que significa intocado ou inaudível.
LOCALIZAÇÃO: Centro do peito.
COR: Verde.
ELEMENTO: Ar.
GLÂNDULA: Timo.
FUNÇÕES: Estimular a imunidade e o bom funcionamento do coração e dos pulmões, desenvolver a capacidade de amar, perdoar e sentir compaixão.
DISFUNÇÕES: Problemas respiratórios e cardíacos, medos ou ilusões a respeito do amor.
TEMAS: Elo entre os três primeiro chacras (ligados a matéria, sexo e relacionamentos) e os três últimos (ligados à espiritualidade), o quarto centro deve integrá-los, elevando nosso grau de consciência e de auto-estima. Para isso, precisamos reconhecer e tratar dores decorrentes de ciúmes, ressentimentos e abandonos.
COMO ATIVAR: Terapias voltadas para as curas emocionais e meditações dirigidas.
PARA REFLETIR :Liberte-se da idéia de que você ou os outros deveriam ser diferentes para merecer amor. Aceite o que cada um é.



Vishudha, que significa purificar.
LOCALIZAÇÃO: Região da garganta.
COR: Azul-celeste.
ELEMENTO: Éter.
GLÂNDULA: Tireóide.
FUNÇÕES: Desenvolver a comunicação autêntica, a criatividade e a intuição, estimular a saúde na região do pescoço e ombros.
DISFUNÇÕES: Bloqueios na faculdade de percepção e expressão, distúrbios ligados à garganta e tireóide. TEMAS: Nosso sistema de crenças e valores está associado a esse centro. Se ele for rígido demais, a flexibilidade da parte superior do corpo será prejudicada, bem como a espontaneidade e a possibilidade de inventar novos significados para a existência. Se você é do tipo que engole sapos ou dissimula sentimentos, bloqueará a energia nessa região. O equilíbrio depende da recuperação da capacidade de expressar o que sente, desfazendo o nó na garganta. Assim, vai favorecer a capacidade de entrega, a generosidade, os poderes mágicos de evocação espiritual e também a responsabilidade por tudo o que sua voz é capaz de criar.
COMO ATIVAR: Cantar ou entoar mantras.
PARA REFLETIR: Palavras podem ferir ou curar, criando guerra ou paz nas relações pessoais e mundiais.

Ajna, que significa saber, perceber.
LOCALIZAÇÃO: Na testa, entre as sobrancelhas.
COR: Azul-anil.
ELEMENTO: Nenhum, plano da energia telepática.
GLÂNDULA: Pituitária.
FUNÇÃO: Desenvolver a sabedoria.
DISFUNÇÕES: Dores de cabeça, problemas de visão, incompreensão.
TEMAS: No dia-a-dia, esse chacra nos confere clareza, discernimento e concentração, mas é possível ir além: os dons da vidência e da telepatia correspondem a esse centro, conhecido como o "terceiro olho". Só os grandes sábios conseguiram chegar aos estágios mais elevados desse plano, compreendendo a profunda ligação entre todos os seres. Quando isso não ocorre, mesmo os visionários correm o risco da arrogância e do mau uso dos talentos.
COMO ATIVAR: Exercícios de visualização e imaginação ativa, como mentalização de cores e símbolos.
PARA REFLETIR: Procure conectar visão e intuição para enxergar além da superfície e compreender melhor o que vê.


Sahasrara, que significa mil vezes maior.
LOCALIZAÇÃO: Topo da cabeça.
COR: Violeta ou branco.
ELEMENTO: Nenhum, plano da energia cósmica.
GLÂNDULA: Pineal.
FUNÇÕES Integração, cura, consciência plena.
DISFUNÇÕES: Alienação, distúrbios mentais.
TEMAS: A circulação da energia nesse centro influencia a saúde em geral, pois ele rege o cérebro, as faculdades cognitivas e a memória. Do ponto de vista espiritual, é o estágio da iluminação e da santidade. Para nós, que buscamos a luz, distantes do nirvana, esse chacra aponta para a necessidade de aprendizado e de respeito ao mistério.
COMO ATIVAR: Meditação e posturas invertidas da ioga (só com orientação de especialistas).
PARA REFLETIR: O potencial para iluminação existe dentro de todos nós e qualquer ponto luminoso é importante no combate à ignorância.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Sexualidade e curiosidades

Sinos dos ventos. 79 d.C. Pompéia.
Museu Arqueológico Nacional.
Nápoles.

O imaginário masculino e feminino é repleto de conceitos e definições acerca do que é "certo ou errado", "normal ou anormal", "moral ou imoral", "aceitável ou condenável" quando o assunto é sexo. Fatores culturais, religiosos e familiares influenciam o modo como determinada sociedade e seus integrantes entendem e praticam sua sexualidade. Quanto mais rígida uma sociedade em relação ao sexo, menor oportunidade há para se discutir de forma mais espontânea este assunto e maior o número de indivíduos com dúvidas e preconceitos que atrapalham, de forma direta, uma prática sexual satisfatória. Abaixo, encontramos alguns "mitos" que ainda são muito comuns em nossa sociedade: "O homem está sempre querendo e pronto para o sexo" "O sexo deve ocorrer apenas (ou principalmente) por iniciativa do homem" "Mulher que toma iniciativa sexual é imoral" "Sexo é sinônimo de penetração do pênis na vagina" "Quando o homem tem ereção é ruim para ele ter (não ter) orgasmo rápido" "Sexo deve ser sempre natural e espontâneo; falar sobre sexo é prejudicial" "Todo contato físico íntimo precisa terminar com penetração do pênis na vagina" "O homem não deve expressar seus sentimentos" "Todo homem tem o dever de proporcionar prazer a qualquer parceira sexual" "Sexo é bom apenas se há orgasmo simultâneo" "Parceiros em um relacionamento sexual instintivamente sabem o que pensam e/ou querem" "Masturbação é suja e prejudicial" "Masturbação com relacionamento sexual é errado" "Se um homem perde a ereção é porque ele não considera a parceira atraente" "É errado ter fantasias durante a relação sexual" "Um homem não pode dizer não para o sexo" "Há regras, universais e absolutas, sobre o que é normal em sexo" A troca destes mitos por mais conversas entre os parceiros, por mais intimidade, mais esclarecimentos de dúvidas e por mais liberdade em pedir ao(a) parceiro(a) a satisfação de seus desejos, traz maior confiança sobre o próprio desempenho sexual e mais satisfação para a vida sexual.

Fonte(s): • Hawton K. Sex therapy: a pratical guide. 5ª ed. New York: Oxford University Press; 1990.