Não basta fazer escolhas baseado, unicamente, em desejos. É preciso estudá-las, ou melhor: estudar a si mesmo. Por isso, antes de entrar em ação ou ser paralisado pela impossibilidade de avançar, busque o auto conhecimento para lidar com as consequências de sua escolha.
Todo ser humano busca o auto-conhecimento, mesmo que diga ou pense o contrário. Nem sempre é um processo fácil e, muitas vezes, os trilhos tornam-se difíceis e penosos, com vários caminhos a escolher. Contudo, é imprescindível que ocorram as tentativas, a fim que se amadureça. Através de sentimentos e suas emoções manifestas, caminha o ser humano, sempre em busca de algo, que lhe causa inquietação, sem saber bem o porquê. Stuka Angyali
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domingo, 24 de janeiro de 2021
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Escritas e perspectivas
Tudo depende de suas atitudes.
E as atitudes controla m nossas vidas.
A disposição interior, mais que qualquer outra coisa, pode dar a perspectiva adequada e a faculdade para resolver qualquer situação no roteiro de sua vida.
Então, olhando para essas folhas em branco, o que você pensa?
Que roteiro seria sua escolha ideal?
"Os desejos da vida formam uma corrente cujos elos são as esperanças."
Séneca
domingo, 23 de maio de 2010
A busca da pedra filosofal
A alquimia teve suas origens no Egito Antigo, atingindo seu auge entre os séculos XIV e XVI. Na cidade de Alexandria reuniam-se escritos de uma antiga técnica egípcia chamada kymiâ. Essa técnica egípcia envolvia o domínio dos processos químicos de embalsamamento e a manipulação de metais. Entrando em contato com a sabedoria grega, a kymiâ passou a considerar que toda matéria era constituída por quatro elementos básicos: terra, ar, água e fogo.
Falava-se que os alquimistas eram bruxos, pessoas capazes de transformar chumbo em ouro. Já pensou que maravilha? Sua busca constante era pela pedra filosofal, substância que misturada aos metais provocava a esperada transmutação. A intenção era o encontro do puro, do perfeito. Quem sabe a tal pedra filosofal fosse o caminho para a autopurificação, encontro da perfeição espiritual e conseqüente imortalidade? De certo modo, todos nós precisamos ser alquimistas para ver além das aparências superficiais. Nosso desafio cotidiano consiste em enfrentar situações que parecem infelizes e contrárias aos nossos anseios. À medida que você para de reagir com medo diante do inesperado, torna-se mais equilibrado e passa a uma posição de evolução.
Em outras palavras, a vida nos fornece a grande oportunidade de transmutação. Podemos e devemos fazer alquimia diariamente, em busca de uma transformação individual.
A grande e verdadeira alquimia seria nossa transformação individual em busca de uma purificação?
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Vamos semear...
Uma mulher caminhava por um mercado quando viu uma loja nova. Ao entrar, assustou-se, pois viu que Deus, em pessoa, estava atendendo no balcão.
-Pode pedir o que quiser, disse Ele.
Depois de pensar por um momento, ela virou-se para o Altíssimo:
-Quero ser feliz, disse. Quero paz, dinheiro, felicidade, e quero ir para o céu quando morrer.
Ao concluir seu pedido, refletiu um pouco e achou que estava sendo egoísta. Resolveu, então, incluir outras pessoas no pedido:
-E quero que tudo isto seja também concedido aos meus amigos.
Deus abriu alguns potes que estavam nas prateleiras atrás d'Ele, pegou vários grãos e estendeu-os para a mulher:
-Aí estão as sementes, disse Ele. Aqui nós não vendemos os frutos.
-Pode pedir o que quiser, disse Ele.
Depois de pensar por um momento, ela virou-se para o Altíssimo:
-Quero ser feliz, disse. Quero paz, dinheiro, felicidade, e quero ir para o céu quando morrer.
Ao concluir seu pedido, refletiu um pouco e achou que estava sendo egoísta. Resolveu, então, incluir outras pessoas no pedido:
-E quero que tudo isto seja também concedido aos meus amigos.
Deus abriu alguns potes que estavam nas prateleiras atrás d'Ele, pegou vários grãos e estendeu-os para a mulher:
-Aí estão as sementes, disse Ele. Aqui nós não vendemos os frutos.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Reforme atitudes
- Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja.
- Gostaria de ajudar - se possível -
- judeus, o gentio ... negros ... brancos.
- Todos nós desejamos ajudar uns aos outros.
- Os seres humanos são assim.
- Desejamos viver para a felicidade do próximo -
- não para o seu infortúnio.
- Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros?
- Neste mundo há espaço para todos.
- A terra, que é boa e rica,
- pode prover todas as nossas necessidades.
- O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.
- A cobiça envenenou a alma do homem ...
- levantou no mundo as muralhas do ódio ...
- e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios.
- Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela.
- A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis.
- Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
- Mais do que máquinas, precisamos de humanidade.
- Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura.
- Sem essas duas virtudes,
- a vida será de violência e tudo será perdido."
Charles Chaplin - O último discurso
( O Grande Ditador )
sábado, 1 de maio de 2010
O fruto interior
Somos fruto de nossa fonte interior, e não, meramente, das circunstãncias externas.
Não convém culpar os pais por não ter conseguido ser isto ou aquilo, pois os pais deram ou fizeram o seu melhor, senão certamente o melhor que sabiam ou conseguiam fazer. Pode, até mesmo, em alguns casos haver exceções, mas isso não justifica impedimentos para lutar por conseguir ser ou ter aquilo que se deseja.
Os pais exercem seus papéis, principalmente em nossas infâncias, época em que necessitamos de mais orientações e aprendizagens sobre a vida. Mas, cabe a cada um assumir seu papel no seu caminhar.
Olhe bem para dentro de si. A única razão de ser ou ter está únicamente dentro de cada ser. Cada um determina o que é essencial para sua jornada.
Se teve caminhos difíceis lute, a partir do aqui e agora e seja você o responsável único pelo seu caminhar.
É mais fácil culpar os outros, do que lutar, do que trabalhar para mudar.
Culpar os outros por não conseguir ser ou ter aquilo que queria, não torna a vida mais fácil. Está dentro de si a capacidade para mudar, para evoluir e crescer.
Lute, porque a vida está cheia de obstáculos transponíveis.
sábado, 24 de abril de 2010
A Coragem de SER
Isso pode soar como um bonito jogo de palavras, mas pense a respeito.
Você pensa seus próprios pensamentos? Você sonha seus próprios sonhos? Você determina suas próprias metas? Ou você os pega emprestados de outros? Ter mais e mais do que você não quer realmente não lhe trará felicidade.
A vida que você deseja não está em seguir os sonhos de outros, a idéia de outros sobre o melhor lugar para viver, ou a idéia de outros sobre o melhor carro para dirigir.
A verdadeira felicidade e realização requerem que você tenha coragem de ser você mesmo. Existe uma razão para você querer as coisas que você quer. É porque você é a pessoa melhor equipada para alcançá-las.
Quando você perseguir o que você realmente deseja da vida, então você estará satisfazendo seu conjunto de oportunidades, dando sua própria e especial contribuição, criando valores como só você pode fazer.
Seja você de verdade. Você e o mundo inteiro serão mais ricos com isso.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Experiências da Evolução
"Cada dia é uma nova vida, uma nova experiência. Cada experiência é um degrau para o progresso da alma.
Não fique preso ao passado.
Você está, agora, diante de uma nova experiência.
Dedique-se a ela de corpo e alma, e verá surgir o próximo degrau de evolução."
Masaharu Taniguchi
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Vida de tartaruga
Uma família de tartarugas decidiu sair para um piquenique. As tartarugas, sendo naturalmente lentas, levaram sete anos para prepararem-se para seu passeio. Finalmente a família de tartarugas saiu de casa para procurar um lugar apropriado. Durante o segundo ano da viagem encontraram um lugar ideal!
Por aproximadamente seis meses limparam a área, desembalaram a cesta de piquenique e terminaram os arranjos. Então descobriram que tinham esquecido o sal. Um piquenique sem sal seria um desastre, todas concordaram. Após uma longa discussão, a tartaruga mais nova foi escolhida para voltar em casa e pegar o sal, pois era a mais rápida das tartarugas. A pequena tartaruga laamentou, chorou, e esperneou.
Concordou em ir mas com uma condição: que ninguém comeria até que ela retornasse. A família consentiu e a pequena tartaruga saiu.
Três anos se passaram e a pequena tartaruga não tinha retornado. Cinco anos... Seis anos... Então, no sétimo ano de sua ausência, a tartaruga mais velha não agüentava mais conter sua fome. Anunciou que ia comer e começou a desembalar um sanduíche.
Nesta hora, a pequena tartaruga saiu de trás de uma árvore e gritou:
Ahhãããããã! Eu sabia que vocês não iam me esperar. Agora que eu não vou mesmo buscar o sal.
Descontando os exageros da estória, na nossa vida as coisas acontecem mais ou menos da mesma forma. Nós desperdiçamos nosso tempo esperando que as pessoas vivam à altura de nossas expectativas. Ficamos tão preocupados com o que os outros estão fazendo, que deixamos de fazer nossas próprias coisas.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Cavalinho de pau
Certa tarde o paizao saiu para um passeio com as duas filhas, uma de
oito e a outra de quatro anos.
Em determinado momento da caminhada, Helena, a filha mais nova, pediu
ao pai que a carregasse, pois estava muito cansada para continuar
andando.
O pai respondeu que estava também muito fatigado, e diante da
resposta, a garotinha começou a choramingar e fazer "corpo mole".
Sem dizer uma só palavra, o pai cortou um pequeno galho de árvore e o
entregou à Helena dizendo :
-- Olhe aqui um cavalinho para você montar, filha !
Ele irá ajudá-la a seguir em frente.
A menina parou de chorar e pôs-se a cavalgar o galho verde tão rápido,
que chegou em casa antes dos outros.
Ficou tão encantada com seu cavalo de pau, que foi difícil fazê-la
parar de galopar.
A irmã mais velha ficou intrigada com o que viu e perguntou ao pai
como entender a atitude de Helena.
O pai sorriu e respondeu dizendo :
-- Assim é a vida, minha filha.
oito e a outra de quatro anos.
Em determinado momento da caminhada, Helena, a filha mais nova, pediu
ao pai que a carregasse, pois estava muito cansada para continuar
andando.
O pai respondeu que estava também muito fatigado, e diante da
resposta, a garotinha começou a choramingar e fazer "corpo mole".
Sem dizer uma só palavra, o pai cortou um pequeno galho de árvore e o
entregou à Helena dizendo :
-- Olhe aqui um cavalinho para você montar, filha !
Ele irá ajudá-la a seguir em frente.
A menina parou de chorar e pôs-se a cavalgar o galho verde tão rápido,
que chegou em casa antes dos outros.
Ficou tão encantada com seu cavalo de pau, que foi difícil fazê-la
parar de galopar.
A irmã mais velha ficou intrigada com o que viu e perguntou ao pai
como entender a atitude de Helena.
O pai sorriu e respondeu dizendo :
-- Assim é a vida, minha filha.
As vezes a gente está física e mentalmente cansado, certo de que é
impossível continuar.
Mas encontramos então um "cavalinho" qualquer que nos dá ânimo outra
vez.
Esse cavalinho pode ser um bom livro, um amigo, uma canção... assim,
quando você se sentir cansada ou desanimada, lembre-se de que sempre
haverá um cavalinho para cada momento, e nunca se deixe levar pela
preguiça ou o desânimo.
impossível continuar.
Mas encontramos então um "cavalinho" qualquer que nos dá ânimo outra
vez.
Esse cavalinho pode ser um bom livro, um amigo, uma canção... assim,
quando você se sentir cansada ou desanimada, lembre-se de que sempre
haverá um cavalinho para cada momento, e nunca se deixe levar pela
preguiça ou o desânimo.
A mais completa perda de tempo de todos os dias é
aquela na qual você não sorriu nem uma vez !
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
O boi de cada um
Conta uma história da tradição budista que, um monge entrou em um vilarejo montado em um boi, e os habitantes da vila lhe perguntaram onde estava indo.
Ele então respondeu que estava em busca de um boi.
As pessoas se entreolharam, intrigadas, e então começaram a rir. O monge se foi. No dia seguinte, de novo montando um boi, o monge voltou ao vilarejo. E de novo as pessoas lhe perguntaram o que buscava.
"Procuro um boi", foi novamente a resposta. Outra vez o monge se foi, em meio ao riso de todos.
No terceiro dia o fato se repetiu: "o que busca?" e o monge, montado no boi, disse ser um boi o que buscava. Só que a piada já perdera a sua graça e as pessoas protestaram, dizendo: "olhe aqui, você é um monge, supostamente uma pessoa santa, sábia, e mesmo assim você vem aqui à procura de um boi quando, o tempo todo, é sobre um boi que você esta sentado." ao que replicou o monge: "também assim é a sua procura de Deus." e assim é conosco.
Tantas e tantas vezes saímos em busca de algo que estava conosco o tempo todo, sem que nos déssemos conta.
Achamos que a nossa realização está em outro trabalho, outra profissão, outra família, outros amigos. E chegamos por vezes a partir em uma busca inútil quando, se olhássemos com um pouco mais de atenção - talvez com um pouco mais de boa vontade - para aquilo que já temos, descobriríamos que o " boi" que tanto procurávamos estava nos carregando todo o tempo.
É preciso olhar para frente, traçar metas, segui-las. Mas sem perder a noção do potencial de realização e felicidade que esta bem aqui, na nossa realidade presente.
Se você aprender a olhar para sua própria vida, pode descobrir que sua esposa, ou seu marido, ainda conserva muito daquilo que fez você se apaixonar há 10, 20, 50 anos.
Que sua profissão continua tendo muito em comum com suas idéias de vida - apesar de seu desgaste, de seu cansaço.
Que seu trabalho ainda guarda chances e as perspectivas que tanto prometiam. Estão apenas um tanto encobertas pela poeira do tempo que passou, enquanto você esteve ocupado demais para aproveitá-las.
A felicidade é tão perseguida. Mas muitas, muitas vezes, sofremos e choramos sentados sobre ela.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O oásis da fé
Assim que chegou a Marrakesh, o missionário resolveu que passearia todas as Manhãs pelo deserto que ficava nos limites da cidade. Na sua primeira Caminhada, notou um homem deitado nas areias, com a mão acariciando o solo, E o ouvido colado na terra.
"É um louco", disse para si mesmo.
Mas a cena se repetiu todos os dias e, passado um mês, intrigado por aquele comportamento estranho, ele resolveu dirigir-se ao estranho. Com muita dificuldade, já que ainda não falava árabe fluentemente, ajoelhou-se a o seu lado.
-- O que você está fazendo?
-- Faço companhia ao deserto e o consolo por sua solidão e suas lágrimas.
-- Não sabia que o deserto era capaz de chorar.
-- Ele chora todos os dias, porque tem o sonho de tornar-se útil ao homem e transformar-se num imenso jardim, onde se pudesse cultivar cereal, flores e carneiros.
"Quando olho suas areias, imagino as milhões de pessoas no mundo que foram criadas iguais, embora nem sempre o mundo seja justo com todos. As suas Montanhas me ajudam a meditar. Ao ver o sol nascendo no horizonte, minha alma se enche de alegria e me aproximo do Criador."
O missionário deixou o homem e voltou para os seus afazeres diários. Qual Foi sua surpresa, na manhã seguinte, ao encontrá-lo no mesmo lugar e na mesma posição.
-- Você comentou com o deserto tudo que lhe disse? Perguntou.
O homem acenou afirmativamente com a cabeça.
-- E mesmo assim ele continua chorando?
-- Posso escutar cada um de seus soluços. Agora ele chora porque passou milhares de anos pensando que era completamente inútil e desperdiçou todo este tempo blasfemando contra Deus e seu destino.
-- Pois conte para ele que, apesar do ser humano ter uma vida muito mais curta, também passa muitos de seus dias pensando que é inútil. Raramente descobre a razão do seu destino, acha que Deus foi injusto com ele. Quando chega o momento em que, finalmente, algum acontecimento lhe mostra o por quê de ter nascido, acha que é muito tarde para mudar de vida e continu a sofrendo. E como o deserto, culpa-se pelo tempo que perdeu.
-- Não sei se o deserto ouviu, disse o homem. Ele já está acostumado com a dor e não consegue ver as coisas de outra maneira.
-- Então vamos fazer aquilo que eu sempre faço quando sinto que as pessoas perderam a esperança. Vamos rezar. Os dois ajoelharam-se e rezaram um virou-se em direção a Meca porque era muçulmano, o outro colocou as mãos juntas em prece, porque era cristão. Rezaram cada um para o seu Deus, que sempre foi o mesmo Deus, embora as pessoas insistissem em chamá-lo por nomes diferentes.
No dia seguinte, quando o missionário retomou a sua caminhada matinal, o homem não estava mais lá. No lugar onde costumava abraçar a areia, o solo parecia molhado, já que uma pequena fonte tinha nascido. Nos meses que se seguiram, esta fonte cresceu e os habitantes da cidade construíram um poço em torno dela.
Os beduínos chamam o lugar de "poço das lágrimas do deserto" . Dizem que todo aquele que beber de sua água irá transformar o motivo do seu sofrimento na razão da sua alegria e terminará encontrando seu verdadeiro destino.
"É um louco", disse para si mesmo.
Mas a cena se repetiu todos os dias e, passado um mês, intrigado por aquele comportamento estranho, ele resolveu dirigir-se ao estranho. Com muita dificuldade, já que ainda não falava árabe fluentemente, ajoelhou-se a o seu lado.
-- O que você está fazendo?
-- Faço companhia ao deserto e o consolo por sua solidão e suas lágrimas.
-- Não sabia que o deserto era capaz de chorar.
-- Ele chora todos os dias, porque tem o sonho de tornar-se útil ao homem e transformar-se num imenso jardim, onde se pudesse cultivar cereal, flores e carneiros.
"Quando olho suas areias, imagino as milhões de pessoas no mundo que foram criadas iguais, embora nem sempre o mundo seja justo com todos. As suas Montanhas me ajudam a meditar. Ao ver o sol nascendo no horizonte, minha alma se enche de alegria e me aproximo do Criador."
O missionário deixou o homem e voltou para os seus afazeres diários. Qual Foi sua surpresa, na manhã seguinte, ao encontrá-lo no mesmo lugar e na mesma posição.
-- Você comentou com o deserto tudo que lhe disse? Perguntou.
O homem acenou afirmativamente com a cabeça.
-- E mesmo assim ele continua chorando?
-- Posso escutar cada um de seus soluços. Agora ele chora porque passou milhares de anos pensando que era completamente inútil e desperdiçou todo este tempo blasfemando contra Deus e seu destino.
-- Pois conte para ele que, apesar do ser humano ter uma vida muito mais curta, também passa muitos de seus dias pensando que é inútil. Raramente descobre a razão do seu destino, acha que Deus foi injusto com ele. Quando chega o momento em que, finalmente, algum acontecimento lhe mostra o por quê de ter nascido, acha que é muito tarde para mudar de vida e continu a sofrendo. E como o deserto, culpa-se pelo tempo que perdeu.
-- Não sei se o deserto ouviu, disse o homem. Ele já está acostumado com a dor e não consegue ver as coisas de outra maneira.
-- Então vamos fazer aquilo que eu sempre faço quando sinto que as pessoas perderam a esperança. Vamos rezar. Os dois ajoelharam-se e rezaram um virou-se em direção a Meca porque era muçulmano, o outro colocou as mãos juntas em prece, porque era cristão. Rezaram cada um para o seu Deus, que sempre foi o mesmo Deus, embora as pessoas insistissem em chamá-lo por nomes diferentes.
No dia seguinte, quando o missionário retomou a sua caminhada matinal, o homem não estava mais lá. No lugar onde costumava abraçar a areia, o solo parecia molhado, já que uma pequena fonte tinha nascido. Nos meses que se seguiram, esta fonte cresceu e os habitantes da cidade construíram um poço em torno dela.
Os beduínos chamam o lugar de "poço das lágrimas do deserto" . Dizem que todo aquele que beber de sua água irá transformar o motivo do seu sofrimento na razão da sua alegria e terminará encontrando seu verdadeiro destino.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Enraiza-te e floresce
Na primavera, uma jovem senhora semeou o seu jardim.
Duas sementes acabaram sendo enterradas uma ao lado da outra.
A primeira semente disse para segunda :
-- Pensa como será divertido, vamos crescer nossas raízes fundo no solo e quando elas estiverem fortes, nós vamos brotar da terra e nos tornar lindas flores para todo mundo ver e admirar !
A segunda semente ouviu mas estava preocupada.
-- Isso parece legal, ela disse, mas a terra não está muito fria? Eu estou com medo de estender minhas raízes nela. E se alguma coisa der errado e eu não me tornar muito bonita ? Então a senhora pode não gostar de mim, eu estou com medo.
A primeira semente, no entanto, não estava intimidada.
Ela empurrou suas raízes para baixo na terra e começou a crescer.
Quando suas raízes estavam fortes o suficiente, ela emergiu do solo como uma linda flor.
A senhora inclinou-se cuidadosamente para ela e orgulhosamente mostrou a flor perfumada para todos os seus amigos.
Mas enquanto isso a outra semente permanecia dormente.
-- "Vamos lá", a flor dizia todo o dia para a sua amiga, está quente e maravilhoso aqui em cima, no sol!
A segunda semente estava muito impressionada, mas permanecia amedrontada e com insegurança empurrou uma raiz no solo.
-- "Ai", ela disse. Essa terra ainda está ainda muito fria e dura pra mim. Eu não gosto dela. Eu prefiro ficar aqui na minha própria concha onde estou segura e confortável. Há muito tempo par se tornar uma flor.
Nada que a primeira semente dissesse mudava a mente da segunda.
Então, um dia quando a senhora estava fora um pássaro faminto voou no jardim, ele ciscava o solo procurando algo para comer.
A segunda semente que estava logo abaixo da superfície estava com muito medo de ser comida.
Mas aquele era seu dia de sorte.
Um gato pulou do peitoril da janela e espantou o pássaro.
A semente suspirou de alívio !
E neste momento tomou uma importante decisão :
-- É uma tolice desperdiçar meu curto tempo aqui na terra, ela disse. Eu vou seguir as minhas esperanças e sonhos de mudança em vez de meus medos. Então, sem outro pensamento, a segunda semente começou a espalhar as suas raízes e também cresceu e se tornou uma linda flor.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Horizonte comodista
João trabalhava em uma empresa há muitos anos. Funcionário sério, dedicado, cumpridor de suas obrigações e, por isso mesmo, já com seus 20 anos de casa.
Um belo dia, ele procura o dono da empresa para fazer uma reclamação:
-- Patrão, tenho trabalhado durante estes 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, só que me sinto um tanto injustiçado.
O Juca,que está conosco há somente três anos, está ganhando mais do que eu.
O patrão escutou atentamente e disse:
-- João, foi muito bom você vir aqui.
Antes de tocarmos nesse assunto, tenho um problema para resolver e gostaria da sua ajuda.
Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço.
Aqui na esquina tem uma quitanda. Por favor, vá até lá e verifique se eles têm abacaxi.
João, meio sem jeito, saiu da sala e foi cumprir a missão.
Em cinco minutos estava de volta.
-- E aí, João?
-- Verifiquei como o senhor mandou. O moço tem abacaxi.
-- E quanto custa?
-- Isso eu não perguntei, não.
-- Eles têm quantidade suficiente para atender a todos os funcionários?
-- Também não perguntei isso, não.
-- Há alguma outra fruta que possa substituir o abacaxi?
-- Não sei, não...
-- Muito bem, João. Sente-se ali naquela cadeira e me aguarde um pouco.
O patrão pegou o telefone e mandou chamar o Juca. Deu a ele a mesma orientação que dera a João:
-- Juca, estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço. Aqui na esquina tem uma quitanda.
Vá até lá e verifique se eles têm abacaxi, por favor.
Em oito minutos o Juca voltou.
-- E então? - indagou o patrão.
-- Eles têm abacaxi, sim, e em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal; e se o senhor preferir, tem também laranja, banana e mamão. O abacaxi é vendido a R$1,50 cada; a banana e o mamão a R$1,00 o quilo; o melão R$ 1,20 a unidade e a laranja a R$ 20,00 o cento, já descascado. Mas como eu disse que a compra seria em grande quantidade, eles darão um desconto de 15%. Aí aproveitei e já deixei reservado. Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo - explicou Juca.
Agradecendo as informações,o patrão dispensou-o.
Voltou-se para o João, que permanecia sentado ao lado, e perguntou-lhe:
-- João, o que foi mesmo que você estava me dizendo?
-- Nada sério, não, patrão. Esqueça. Com licença.
E o João deixou a sala...
Tem muita gente assim -- Acomodada, que não faz absolutamente nada além do que foi estritamente pedido ou solicitado. São pessoas que acham "que já fazem demais" e sentem-se os eternos injustiçados.
Não se restrinja, não se limite, amplie seus horizontes. Não viva reclamando. Só assim você vai se destacar e ter sucesso na sua vida profissional e pessoal.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Acreditar e Caminhar
Diz o mestre a seu discípulo:
- Quando você começar seu caminho, vai encontrar uma porta com uma frase escrita. Volte e me conte qual é esta frase.
O discípulo se entrega de corpo e alma à sua busca. Chega um dia em que vê a porta, e volta até o mestre.
- Estava escrito ISSO NÃO É POSSÍVEL, diz.
- Onde estava escrito isso? Num muro ou numa porta? - pergunta o mestre.
- Numa porta - responde o discípulo.
- Pois pegue a maçaneta e abra a porta.
O discípulo obedece e retorna à porta. Como a frase está pintada na porta, agora totalmente aberta, o discípulo já não consegue mais enxergá-la e segue adiante.
- Quando você começar seu caminho, vai encontrar uma porta com uma frase escrita. Volte e me conte qual é esta frase.
O discípulo se entrega de corpo e alma à sua busca. Chega um dia em que vê a porta, e volta até o mestre.
- Estava escrito ISSO NÃO É POSSÍVEL, diz.
- Onde estava escrito isso? Num muro ou numa porta? - pergunta o mestre.
- Numa porta - responde o discípulo.
- Pois pegue a maçaneta e abra a porta.
O discípulo obedece e retorna à porta. Como a frase está pintada na porta, agora totalmente aberta, o discípulo já não consegue mais enxergá-la e segue adiante.
É hora de acreditar em nossos sonhos e começar nossa caminhada, pois quando atingirmos nossos objetivos nada mais será impossível!
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Experimentando a Vida
Não importa qual é a sua especialidade, qual sua ocupação....
Exerça-a! Você têm dons.
Use-os!
As coisas que você sabe fazer bem são as coisas que lhe dão prazer. São coisas que desafiam sua criatividade. São essas as coisas que lhe motivam a aprender, experimentar, tentar, perseverar e crescer. Elas lhe dão satisfação e um real sentimento de conquista.
Encontre uma maneira de fazer bem feito o que você faz. Isso não significa necessariamente que você deva arrumar outro emprego, ou começar seu próprio negócio. Incorpore seus dons especiais em tudo o que você já vem fazendo, onde quer que você esteja, qualquer que seja o contexto.
Você é único e tem a experiência da Vida pela frente. Tem talentos especiais, habilidades e uma perspectiva singular. Outras pessoas podem se beneficiar do que você tem.
Busque maneiras de contribuir com o outro e você deixará fluir o poder e a satisfação que já são parte de você.
sábado, 31 de outubro de 2009
Caminhos e Atitudes da Vida
"Tudo quanto de desagradável nos sucede na vida - figuras ridículas que fazemos, maus gestos que temos, lapsos em que caímos de qualquer das virtudes - deve ser considerado como meros acidentes externos, impotentes para atingir a substância da alma.
Tenhamo-los como dores de dentes, ou calos da vida, coisas que nos incomodam mas são externas ainda que nossas, ou que só tem que supor a nossa existência orgânica ou que preocupar-se o que há de vital em nós.
Quando atingimos esta atitude, que é, em outro modo, a dos místicos, estamos defendidos não só do mundo mas de nós mesmos, pois vencemos o que em nós é externo, é outrem, é o contrário de nós e por isso o nosso inimigo.
Disse Horácio, falando do varão justo, que ficaria impávido ainda que em torno dele ruísse o mundo.
A imagem é absurda, justo o seu sentido. Ainda que em torno de nós rua o que fingimos que somos, porque coexistimos, devemos ficar impávidos - não porque sejamos justos, mas porque somos nós, e sermos nós é nada ter que ver com essas coisas externas que ruem, ainda que ruam sobre o que para elas somos.
A vida deve ser, para os melhores, um sonho que se recusa a confrontos."
Tenhamo-los como dores de dentes, ou calos da vida, coisas que nos incomodam mas são externas ainda que nossas, ou que só tem que supor a nossa existência orgânica ou que preocupar-se o que há de vital em nós.
Quando atingimos esta atitude, que é, em outro modo, a dos místicos, estamos defendidos não só do mundo mas de nós mesmos, pois vencemos o que em nós é externo, é outrem, é o contrário de nós e por isso o nosso inimigo.
Disse Horácio, falando do varão justo, que ficaria impávido ainda que em torno dele ruísse o mundo.
A imagem é absurda, justo o seu sentido. Ainda que em torno de nós rua o que fingimos que somos, porque coexistimos, devemos ficar impávidos - não porque sejamos justos, mas porque somos nós, e sermos nós é nada ter que ver com essas coisas externas que ruem, ainda que ruam sobre o que para elas somos.
A vida deve ser, para os melhores, um sonho que se recusa a confrontos."
Fernando Pessoa - O Livro do Desassossego
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
A beleza dos cavalos
Essa é a história sobre Homens e cavalos. Essa é a história de todos nós.
Cavalos galopavam, rapidamente, e parecia que os homem que os cavalgam se dirigiam a algum lugar importante.
Outro homem, em pé ao lado da estrada, grita: "Aonde vocês estão indo?"
E um dos homens a galope responde: "Não sabemos. Pergunte aos cavalos!"
Estamos todos sobre cavalos e não sabemos aonde nos conduzem. Não conseguimos pará-los.
Os cavalos são a vida que nos guia, e somos impotentes diante dela. Estamos sempre correndo, e isso já se tornou um hábito. Estamos acostumados a lutar o tempo todo, até mesmo durante o sono. Estamos em guerra com nós mesmos, e é fácil declarar guerra aos outros também.
Precisamos aprender acalmar nossos pensamentos, a força de nossos hábitos, nossa desatenção, bem como as emoções intensas que nos regem.
Precisamos aprender acalmar nossos pensamentos, a força de nossos hábitos, nossa desatenção, bem como as emoções intensas que nos regem.
Quando uma emoção nos assola, ela se assemelha a uma tempestade, que, muitas vezes, chega de mansinho, mas provoca estragos, levando consigo a nossa paz.
Nós ligamos a TV e depois a desligamos, pegamos um livro e depois o deixamos de lado. O que podemos fazer para interromper este estado de agitação? Como podemos fazer cessar o medo, o desespero, a raiva e os desejos?
A força dos hábitos costuma ser mais forte do que nossa vontade. Dizemos e fazemos coisas que não queremos e depois nos arrependemos, causando sofrimento a nós mesmos e aos outros, e, de forma geral, produzindo grande quantidade de destruição.
Podemos ter a firme intenção de nunca mais fazer isso, mas sempre acabamos fazendo de novo. Por quê? Porque a força do hábito acaba vencendo e nos conduzindo.
Que tal, a partir de agora, observarmos melhor a beleza dos cavalos?
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
A imensa alegria de servir
Toda natureza é um anelo de serviço.
Serve a nuvem, serve o vento, serve o sulco.
Onde houver uma arvore para plantar,
planta-a tu;
onde houver um erro para corrigir,
corrige-o tu;
onde houver uma tarefa que todos recusem,
aceita-a tu.
onde houver um erro para corrigir,
corrige-o tu;
onde houver uma tarefa que todos recusem,
aceita-a tu.
Sê quem tira
a pedra do caminho,
o ódio dos corações
e as dificuldades dos problemas.
a pedra do caminho,
o ódio dos corações
e as dificuldades dos problemas.
Há a alegria de ser sincero e de ser justo;
há, porém, mais que isso,
a imensa alegria de servir.
há, porém, mais que isso,
a imensa alegria de servir.
Como seria triste o mundo
se tudo já estivesse feito,
se não houvesse uma roseira para plantar,
uma iniciativa para lutar!
se tudo já estivesse feito,
se não houvesse uma roseira para plantar,
uma iniciativa para lutar!
Não te seduzam as obras as obras fáceis.
É belo fazer tudo
que os outros se recusam a executar.
É belo fazer tudo
que os outros se recusam a executar.
Não cometas, porém, o erro
de pensar que só tem merecimento executar
as grandes obras;
há pequenos préstimos que são bons serviços:
enfeitar uma mesa.
arrumar uns livros.
pentear uma criança.
Aquele é quem critica,
este é quem destrói,
sê tu quem serve.
de pensar que só tem merecimento executar
as grandes obras;
há pequenos préstimos que são bons serviços:
enfeitar uma mesa.
arrumar uns livros.
pentear uma criança.
Aquele é quem critica,
este é quem destrói,
sê tu quem serve.
O servir não é próprio dos seres inferiores:
Deus, que nos dá fruto e luz,
serve.
Poderia chamar-se: o Servidor.
e tem seus olhos fixos em nossas mãos
e nos pergunta todos os dias:
- Serviste hoje?
Deus, que nos dá fruto e luz,
serve.
Poderia chamar-se: o Servidor.
e tem seus olhos fixos em nossas mãos
e nos pergunta todos os dias:
- Serviste hoje?
Gabriela Mistral, poetisa chilena (1889-1957 )
terça-feira, 6 de outubro de 2009
A intensa intenção de ser
“ Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar.
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
Cora Coralina
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