Todo ser humano busca o auto-conhecimento, mesmo que diga ou pense o contrário. Nem sempre é um processo fácil e, muitas vezes, os trilhos tornam-se difíceis e penosos, com vários caminhos a escolher. Contudo, é imprescindível que ocorram as tentativas, a fim que se amadureça. Através de sentimentos e suas emoções manifestas, caminha o ser humano, sempre em busca de algo, que lhe causa inquietação, sem saber bem o porquê. Stuka Angyali
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Máquinas
terça-feira, 11 de maio de 2010
Transtorno do Pânico
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICAS ATUAL
ABORDAGEM TERAPÊUTICA
terça-feira, 27 de abril de 2010
DEPRESSÃO: O Mal do século?
Cuidando da Saúde Mental
“minh ’alma é triste como a flor que morre. Perdida à beira do riacho ingrato; nem beijos dá-lhe a viração que corre. Nem doce canto o sabiá do mato.” ( Casimiro de Abreu )
sexta-feira, 1 de maio de 2009
A Evolução do tratamento
Tratamentos usados para curar a “loucura” revelam algumas das convicções ao longo da história:
Furos no crânio (século 5 a.C.)
O que era: Fazer buracos no couro cabeludo do paciente
Justificativa: “Os buracos permitem que os demônios, que provocam a loucura, ao ocupar o corpo do paciente, possam abandoná-lo”
Disciplina total (século 17)
O que era: Thomas Willis, um dos primeiros médicos a escrever sobre loucura, dizia que "disciplina, ameaças, algemas e bofetadas são tão necessárias quanto tratamento médico"
Justificativa: “É a razão que separa os homens dos animais. Loucos são, portanto, como bichos e, para se recuperarem, precisam aprender a ter medo e respeito”
Dor (início do século 18)
O que era: diversas técnicas com o objetivo de machucar o paciente. A mais comum consistia em provocar bolhas no crânio e genitálias, usando soda cáustica
Justificativa: “As dores obrigam a mente do louco a focar-se nessa sensação, deixando de lado pensamentos raivosos”
Indução de vômito (1715)
O que era: Durante vários dias, diferentes tipos de purgantes era ministrados ao paciente
Justificativa: "Enquanto a náusea durar, alucinações constantes serão suspensas e, algumas vezes, removidas. Até o mais furioso vai se tornar tranqüilo e obediente", dizia o médico George Man Burrows
Sangramento (1790)
O que era: Retirada de até quatro quintos do sangue do corpo
Justificativa: “Danos cerebrais, masturbação ou muita imaginação podem levar à circulação irregular nas veias que irrigam o cérebro, que é a causa da loucura. A retirada do sangue poderia normalizar o fluxo”
Afogamento (1828)
O que era: O paciente era colocado dentro de um caixão com furos e imerso na água. Ficava submerso até que "bolhas de ar parassem de subir". Depois era retirado e reavivado.
Justificativa: “O método leva à suspensão das funções vitais e possibilita que o paciente volte à vida com maneiras mais ajustadas de pensar”
Cirurgias ginecológicas (1890)
O que era: Amputação do clitóris e retirada do útero
Justificativa: “A vagina e o clitóris têm grande influência na mente feminina. A loucura pode ser resultado da agitação provocada por esses órgãos”
Hidroterapia (1896)
O que era: O paciente era enrolado em uma rede e mantido dentro de uma banheira encoberta por uma lona (com um buraco para a cabeça) por horas ou até dias. Água gelada e água fervente era usadas alternadamente para encher a banheira.
Justificativa: “O banho prolongado induz à fadiga psicológica e estimula a produção de secreções da pele e dos rins, que podem reestruturar as funções do cérebro”
Terapias endócrinas (1899)
O que era: Injeção de extratos dos ovários, testículos, glândulas pituitárias e tireóides de diversos animais
Justificativa: “Os extratos modificam a nutrição das células do corpo e, portanto, levam à cura permanente”
Esterilização (1913)
O que era: Esterilização forçada nos homens
Justificativa: “A operação viabiliza a conservação do esperma, o elixir da vida, ajudando na melhoria do quadro”
Extração de dentes (1916)
O que era: Remoção de dentes que apresentam problemas. A terapia não era aconselhada para pacientes num estágio avançado da doença
Justificativa: “Bactérias são a causa de várias doenças crônicas e costumam ficar escondidas perto dos dentes. Elas podem seguir até o sistema circulatório e chegar ao cérebro, causando doenças mentais”
Hibernação (1920)
O que era: O paciente permanecia entre "cobertores" congelados por até três dias, para que a temperatura do corpo caísse a 12ºC ou menos.
Justificativa: “O choque térmico pode fazer com que o paciente recobre parte das funções mentais”
Coma induzido (1933)
O que era: O paciente recebia uma dose de insulina suficiente para levá-lo ao estado de coma. Depois de um tempo (de 10 a 120 minutos), era reavivado com uma solução de glicose.
Justificativa: “A hipoglicemia pode matar ou silenciar as células doentes e sem possibilidade de restauração. Os pacientes voltam do coma agindo como bebês de 5 anos o que é, sem dúvida, uma prova de sua recuperação”
Convulsão (1934)
O que era: O paciente recebia uma injeção de metrazol e entrava em forte convulsão, correndo o risco de quebrar ossos e dentes e ter hemorragias.
Justificativa: “A convulsão pode restaurar as funções mentais. Ou isso, ou o temor do paciente diante da terapia causa um choque cerebral tão forte que provoca a cura. De todo modo, a terapia é válida”
Eletrochoque (1937)
O que era: Uso da eletricidade diretamente na cabeça para provocar o ataque de epilepsia.
Justificativa: “A convulsão produz danos cerebrais, eficientes na recuperação do paciente. A perda de memória, outra conseqüência do choque, é benéfica já que torna impossível a lembrança de eventos que lhe causem preocupação ou angústia.”
Lobotomia (1940)
O que era: Aprimorada pelo neurologista português Egas Moniz, a cirurgia, que já vinha sendo realizada de diferentes maneiras desde o século 19, consistia em danificar os lobos frontais do cérebro.
Justificativa: “Distúrbios acontecem porque pensamentos patológicos "fixam-se" nas células cerebrais, especialmente nos lobos frontais. Para curar o paciente, é preciso destruí-las”